Coringa Lima, o operário, diz adeus na volta de Neymar
Atuando em diversas posições, sempre com regularidade, se tornou o quarto jogador que mais vezes vestiu a camisa do Santos
Dois dias antes da esperada volta de Neymar seu filho mais talentoso desde Pelé, o Santos se despede de um dos símbolos de seus tempos de maior glória. Antonio Lima dos Santos morreu hoje, aos 83 anos, completados dia 18 de janeiro.
Lima era o operário de um time com craques como Gylmar, Mauro, Zito, Coutinho, Pepe e, claro, Pelé. Estava presente nos grandes títulos, mas dificilmente alguém se lembra de seu nome na escalação.
Claro. Onde ele estava? Na lateral direita, esquerda, volante, meia, ponta? Não interessa. Ele estava. E jogava bem. Era o coringa do time.
No Mundial de 1962, foi lateral direito no primeiro jogo contra o Benfica, vitória por 3 x 2 em Lisboa. No segundo jogo, 5 x 2 no Maracanã, foi meia direita em lugar de Mengálvio.
No ano seguinte, a final foi contra o Milan. No primeiro jogo, em Milão, o Santos perdeu por 3 x 2. Lima foi lateral direito. No segundo, vitória por 4 x 2, novamente no Maracanã, substituiu Zito, como volante marcador.
Assim era Lima. Sempre uma solução, independentemente do número na camisa. É pouco chamar de operário alguém que faz 18 jogos e seus gols pela seleção, além de 692 jogos e 63 gols pelo Santos, que defendeu de 1961 a 1971. Apenas Pelé, Pepe e Zito jogaram mais vezes que ele.