Ronaldo Luiz Nazário, o Fenômeno, confirmou sei desejo de ser presidente da CBF. Diz que tem ideias muito boas, que está muito motivado e que vai começar a visitar presidentes de federações e de clubes para se tornar um candidato viável.
Sua candidatura pode ser midiática, ter a simpatia do torcedor comum, mas não tem chances de vencer. Talvez, nem de se concretizar.
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O sistema eleitoral favorece os candidatos ligados às federações e não aos clubes. E foi aprovado pelos clubes, vejam só.
São 27 federações e mais o Distrito Federal. Cada uma tem direito a um voto. O voto tem peso três. Então, 28 x 3 = 84.
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São 20 clubes da Série A. Cada um tem direito a um voto, com peso dois. Então, 20 x 2 = 40.
São 20 clubes da Série B. Cada um tem direito a um voto, com peso um. Então, 20 x 1 = 20.
Basta as federaçôes se unirem para conseguirem a maioria. Eleição por aclamação.
E qual federação vai ficar contra Ednaldo? As mais fracas têm medo de um calendário que elimine os Estaduais. E por que um presidente de federação forte vai enfrentar Ednaldo? Para dar poder a Ronaldo? Nada disso. Eles preferem esperar uma oportunidade de eles mesmo encabeçarem uma chapa no momento adequado.
Mas há duas dificuldades a mais para Ronaldo, que pretende visitar o Brasil em busca de convencimento. Para lançar a chapa, ele precisa do aval de quatro federações e quatro clubes. Onde conseguir? Quem terá coragem? Talvez Aécio Neves, amigo de Ronaldo consiga influenciar o presidente da federação mineira. Quem mais?
É uma corrida contra o tempo. E aí está outro problema. Ednaldo é quem escolhe a data do pleito, entre marco de 2025 e marco de 2026. Se Ronaldo estiver incomodando, ele marca para março de 2025 e impede a campanha do adversário.
É muito difícil, quase impossível, o desejo de Ronaldo se transformar em realidade.