Era para ser uma festa na Vila. O Santos havia garantido o título nos dias anteriores com os empates entre Mirassol e Operário e Novorizontino x Paysandu e recebia o CRB para vitória, talvez goleada. Nada disso.
O CRB venceu por 2 x 0, um gol em cada tempo. Carimbou a faixa e fez a torcida vaiar novamente Fábio Carille. Mesmo com o título e com o vice paulista, o treinador deve sair.
Com a vitória, o CRB escapou do rebaixamento e afundou de vez Ponte Preta e Ituano, que se juntam a Brusque e Guarani como integrantes da Série C em 2025. Três times paulistas caíram. O Botafogo escapou. A Ferroviária subiu da C. Mirassol e Novorizontino devem subir com o Santos para a A.
Chama atenção a queda conjunta de Ponte e Guarani, ambos de Campinas. Já foram fortes, o Guarani foi campeão brasileiro em 1978.
Foi neste ano que a revista Placar fez uma matéria chamada Campinas F.C, mostrando a força de um hipotético time formado a partir dos dois campineiros.
Seria Carlos, Mauro, Oscar. Polozzi e Odirlei; Zé Carlos e Zenon; Lúcio, Renato, Careca e Tuta. Pelo menos Carlos. Oscar, Polozzi, Renato e Careca jogaram Copas do Mundo. Assim como Waldir Peres, Edson e Luis Fabiano, que vieram depois.
Hoje, parafraseando Drummond e Itabirito, o futebol de Campinas é um retrato na parede, um poster velho em alguma borracharia.