Se confirmado for que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro e ex-deputado estadual Domingos Brazão foi o mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, conforme delatou Ronnie Lessa, o homem que a matou, tem que ser investigado também quem o acobertou, pois desde 2019, na primeira tentativa de federalização das investigações, a então procuradora-geral da República Raquel Dodge já apontava que “Brazão arquitetou o homicídio da vereadora Marielle Franco”. Se há quem mandou matar, há também quem mandou não investigar quem mandou matar. Breve resgate histórico: Na Alerj, Brazão atuou em dobradinha com o então deputado estadual Flávio Bolsonaro, a quem tinha como uma espécie de pupilo. Além das pautas de costumes, Flávio e Domingos faziam dobradinha na defesa das milícias do Rio de Janeiro. O general da reserva Walter Souza Braga Netto, candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi nomeado interventor na segurança pública do Rio de Janeiro um mês antes do assassinato. Durante os dez meses e meio em que permaneceu à frente da intervenção, Braga Netto se esquivou de quaisquer responsabilidades sobre a investigação. O general deixou a intervenção no Rio em 2019 e foi alçado diretamente para o comando do Estado-Maior do Exército pelo "capitão" que então chegara à Presidência, sob o comando de quem a Polícia Federal não investigou o caso. Confira a análise de Renato Rovai, editor da Fórum