O Datafolha traz um crescimento de 1% para Bolsonaro nos votos totais, de 44% para 45%. E Lula se mantém em 49%. O que pode ter acontecido de tão significativo. Bolsonaro podia ter 44,4% na pesquisa anterior e o resultado foi ajustado para baixo. Já que o Datafolha não usa casas decimais. Da mesma forma que isso é verdade pode ser que Bolsonaro tivesse 43,6% e agora subiu para 45,4%. Essa prática de institutos como Datafolha não publicarem as casas decimais permitem variações imensas.
Por este motivo não dá para os bolsonaristas comemorarem esse deslocamento, que não permite sequer dizer que Bolsonaro cresceu de fato. No máximo, oscilou.
De qualquer maneira também é verdade que Bolsonaro apareceu muito maior do que as pesquisas indicavam quando as urnas do 1º turno foram abertas. E há um receio que faz sentido de que isso ocorra de novo.
Ou seja, amigos: muita calma nesta hora.
Nem se pode achar que perdemos e nem gritar venceremos. Vai ser tudo na raspa do tacho. É preciso tomar muito cuidado com o que pode estar acontecendo no Nordeste. Algumas pesquisas têm mostrado que a vantagem de 12,9 milhões de votos de Lula para Bolsonaro pode se reduzir ou no máximo ficar no mesmo. Isso é ruim.
O Nordeste é decisivo para a eleição de Lula.
Como Minas Gerais, onde a diferença foi de 500 mil votos e o ideal é que no mínimo se mantivesse.