A semana das "celebrações" do golpe militar de 64 começou quente com, entre outras coisas, a queda do ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva que se deu logo depois da demissão do chanceler Ernesto Araújo.
Nas redes sociais houve reboliço e até um certo desespero. Será que vem golpe por aí? Será que Azevedo e Silva pode ter se negado a fazer o serviço sujo encomendado por Bolsonaro? Será que a ala mais dura venceu um braço de ferro interno nas Forças Armadas? Posso estar errado. E muito rapidamente as decisões de Bolsonaro podem me desmentir. Mas a minha aposta é que o problema atual de Bolsonaro é o centrão.
É com Arthur Lira, com Rodrigo Pacheco e com os deputados e senadores que eles representam. É por isso que Bolsonaro terá que mexer no governo. É por isso que Ernesto Araújo foi saído. Como também Azevedo e Silva.
E outros virão.
Como também cairão vários que ocupam cargos estratégicos de segundo e terceiro escalão que podem servir aos interesses fisiológicos de uma escumalha de parlamentares corruptos.
Quem ganhou o braço de ferro foi o centrão. Não a turma do golpe. Bolsonaro está mais fraco.