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A presidenta Dilma Roussef tem um evento em Campinas na quinta-feira, dia 9. E desde ontem o governo interino de Michel Temer desautorizou o uso de aviões da FAB para que possa realizar este tipo de deslocamento.
Pela decisão de Temer, durante seu afastamento da presidência, Dilma tem que ficar exilada nas suas duas residências. A oficial, no Alvorada. E a familiar, na capital gaúcha.
Ao ser informada dessa decisão, Dilma teria dito a seus auxiliares que não suspendessem uma agenda sequer e que se isso de fato vier a ocorrer ela vai viajar em voos comerciais ou mesmo de ônibus, se necessário.
Já há quem defenda na assessoria da presidenta que se alugue um ônibus e que ela saia em caravana viajando pelo país até o dia da votação final do impeachment pelo Senado.
Mas não foi só a autorização para viajar em voos da FAB que Temer mandou suspender. Ele suspendeu por alguns dias o cartão para gastos de alimentação da equipe presidencial e também mandou retirar a bicicleta do chefe da segurança da presidenta, para que ela não tivesse proteção nos percursos matutinos que realiza.
Até gastos com flores no Alvorada Temer mandou suspender.
A informação de que Dilma vem sendo tratada dessa forma pelo presidente interino Michel Temer causou revolta em alguns chefes de Estado. E a presidenta teria recebido telefonemas de solidariedade e ofertas para enfrentar esse boicote.
Para a assessoria de Dilma, essas atitudes de Temer são sinais de desespero.
As informações que chegam ao Alvorada é de que a equipe de Temer já teria sentido o cheiro de queimado não só no Senado, mas também em relação à sustentação do atual governo pela sociedade.
Temer, por exemplo, teria gravado uma mensagem para ser divulgada em cadeia nacional ontem, mas desistiu quando foi informado pela empresa que faz análise de redes do Palácio do Planalto de que havia uma grande chance de sua fala ser acompanhada por grande barulhaço, já que a mobilização na Internet para isso era grande.