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O senhor de média idade que segura o cartaz agressivo e odioso contra um país e um povo vizinho se chama Fernão Lara Mesquista, um dos filhos de Ruy Mesquista e sócios do grupo O Estado de S. Paulo.
A foto foi feita pelo Tutinha, dono da Jovem Pan, que a publicou no seu Instagram. E foi produzida hoje, no ato pró-Aécio, realizado no Largo da Batata, em São Paulo.
A atitude desse Mesquita não demonstra apenas o nível atual da mídia tradicional brasileira. Ela é mais reveladora. Mostra a que ponto o discurso de ódio e o vale tudo chegaram nessas eleições.
Também demonstra a que ponto o dono de um grande jornal e de uma grande rádio chegaram. Se um é capaz de ser o modelo de uma foto dessas e o outro que a realizou é capaz de divulgá-la no seu perfil de uma rede social, o que eles não são capazes de fazer com seus veículos para eleger o candidato que defendem.
Não vejo problema algum em um dono de veículo de comunicação assumir publicamente posicionamento a favor de um ou outro candidato. Mas não é isso que Fernão Lara Mesquista está fazendo. Ele está abrindo a porta para uma atitude anti-democrática e com viés golpista.
Se alguém achava que havia fundo do poço para essa gente, a foto acima é a demonstração de que nem a lama da cantareira é o limite.
Espero que a Venezuela reaja a este insulto. E que Dilma e o PT levem guardem essa imagem com carinho. Ela é a prova inconteste de que a regulamentação da mídia brasileira é fundamental para a garantia da nossa democracia.