Mayara Petruso responderá por crime de racismo

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A Justiça Federal de São Paulo acatou a denúncia do Ministério Público Federal e abriu processo contra a estudante de direito Mayara Petruso, que responderá por crime de racismo. Este blogue foi o primeiro veículo jornalístico do país a tratar deste caso, que agitou o tuiter durante a madrugada pós-vitória de Dilma. Fiz uma nota dura, no calor da hora e aquele post se tornou o recordista de leituras da história do blogue, recebendo até o momento 1.321 comentários. Uma quantidade superior a essa, porém, foi encaminhada diretamente para a lixeira porque o preconceito tanto de paulistas como de nordestinos era impróprio para publicação. Alguns comentários mais duros, porém, foram liberados para que o leitor também pudesse ter a dimensão de como Mayara Petruso não está sozinha nesta cruzada xenófoba e preconceituosa. O processo que foi aberto pela Justiça Federal é exemplar e comprova que a neutralidade da rede não impede que crimes sejam investigados e punidos. Essa história certamente se tornará um “case” na internet brasileira. A estudante, porém, não pode sofrer uma punição exemplar. Sou contra isso. Acho que ela deve ser tratada no limite do que fez. E considero que a puniçãodeve ter caráter educativo, com Mayara, por exemplo, aderindo a uma campanha pelo fim do racismo e da xenofobia. Dando seu depoimento arrependido. Se de fato ela se arrependeu. Este blogue está aberto a conversar com Mayara sobre o caso e a buscar na internet solidariedade para que se construa um acordo que permita que ela siga sua vida e que ao mesmo tempo o debate sobre o seu ato saia da penumbra. A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, que é uma das melhores cabeças do governo Dilma, poderia também pensar no assunto.