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Ontem Gegê, militante do movimento da moradia, petista e que estava sendo acusado desde 2002 de participação em homicídio em um dos acampamentos do Movimento de Moradia no Centro de São Paulo (MMC), entidade filiada à ‘Central de Movimentos Populares’ (CMP), foi absolvido pelo voto unânime dos jurados.
Desde 2002 Gegê vive meio que foragido. Ou seja, dedicou boa parte da sua vida a se defender e a se esconder. Porque tinha convicção da sua inocência e, com razão, tinha receio de se tornar um preso político e acabar tendo sua vida colocada em risco.
Neste caso, fugir e se esconder é também se defender.
Ontem o promotor de Justiça, Roberto Tardelli, responsável pela acusação do Gegê, retirou-a e pediu sua absolvição dizendo que: “Este caso não é um caso comum. Minha função enquanto promotor é garantir os direitos democráticos. Não pediria esta absolvição se tivesse a insegurança de estar errado. Estou tranqüilo com minha consciência”.
O juri por unanimidade inocentou Gegê. Foi uma vitória e tanto. Mas e o que Gegê perdeu neste período, como será reparado?
O nome do blogue que registrou essa história de Gegê é Lutar não é Crime. Esse é o eixo da questão. A mídia, o empresariado e boa parte dos governos tratam como atividade criminosa a luta social.
E isso diminui a nossa democracia.
Parabéns, Gegê, pela coragem e determinação em provar sua inocência. Espero que o Estado brasileiro passe a ser mais criterioso quando estiver investigando lutadores sociais como você.