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A Folha de S. Paulo de hoje traz uma reportagem do Fernando Rodrigues a partir dos arquivos do WikiLeaks que dá bem a dimensão quão confiável é o nosso ministro da Defesa.
Enquanto o Itamaraty não falava grosso com a Bolívia e fino com os EUA, Nelson Jobim fazia o papel de porta-recados para o embaixador do Tio Sam. E criticava nossa política externa.
Entre uma conversinha e outra com o gringo de plantão, provavelmente ainda dava uma telefonada para o Serra para se gabar de sua coragem extrema.
Veja dois trechos da matéria da Folha:
"Telegramas confidenciais de diplomatas dos EUA indicam que o governo daquele país considera o Ministério das Relações Exteriores do Brasil como um adversário que adota uma 'inclinação antinorte-americana'.
Esses mesmos documentos mostram que os EUA enxergam o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como um aliado em contraposição ao quase inimigo Itamaraty."
"Num dos telegramas, de 25 de janeiro de 2008, o então embaixador dos EUA em Brasília, Clifford Sobel, relata aos seus superiores como havia sido um almoço mantido dias antes com Nelson Jobim. Nesse encontro, o ministro brasileiro contribuiu para reforçar a imagem negativa do Itamaraty perante os norte-americanos.
Indagado sobre acordos bilaterais entre os dois países, Jobim citou o então secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães.
Segundo o relato produzido por Clifford Sobel, “Jobim disse que Guimarães “odeia os EUA” e trabalha para criar problemas na relação [entre os dois países].”
O pessoal que faz o Vila Vudu tem me enviado emails com o título: Só o WikiLeaks salva! Acertaram na mosca. Ele pode vir a nos salvar de um ministro mais serrista do que muito tucano envergonhado.
Seria uma vergonha para o governo mantê-lo no cargo depois dessa, ondeficou claro qual o papel que desempenha no governo, o de quinta coluna da política externa brasileira.