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Vou lançar o quarto volume da série 'Ferrer, Bill Ferrer - detetive heterodoxo" (em "parcera" com Saphira Mind), no final de maio ou início de junho. Mas já "previno" vocês... A Editora Limiar fez uma pequena entrevista comigo, sobre o livro. Ela está no endereço
http://editoralimiar.blogspot.com.br/2013/05/bill-ferrer-esta-de-volta.html
Mas... reproduzo aqui também:
Bill Ferrer está de volta!
O detetive mais heterodoxo da literatura brasileira está de volta em novo lançamento da Editora Limiar. "O detector de mentiras", título do quarto volume de casos bizarros e intrigantes de Bill Ferrer e seu assistente Vasconcelos tem lançamento previsto para junho.
Confira aqui uma conversa descontraída com Mouzar Benedito, o tradutor/adaptador das histórias de Bill Ferrer.
Mouzar, como você conheceu Saphira Mind? Por que ela não gosta de
aparecer nos próprios lançamentos?
Conheci quando trabalhava numa editora que publicava, entre outras coisas, revistas femininas. Ela fazia o horóscopo de uma delas. Eram horóscopos diferentes, meio "brabos", dando bronca nas meninas, em vez de ficar naquela lenga-lenga. Ela falava português muito bem, e fiquei surpreso quando ela disse que nasceu na Eslovênia, filha de um inglês e de uma eslovena. Mas mudou-se para o Brasil muito cedo. Viveu nuns muquifos da região central e conhecia toda a malandragem... Um dia se encheu de tudo e mudou para uma casa, que ela chama de cabana, num lugar escondido da serra da Mantiqueira. Manteve sua coluna de horóscopo na revista, mas mandava por fax, mas não queria contato com ninguém mais. Achava que as pessoas estavam se tornando cada vez mais chatas e desinformadas. Mas para dar um "agrado" aos leitores, deu um beijo num papel, mandou fazer um carimbo com ele e colocou no livro... No lançamento, ela não vem de jeito nenhum.
Neste quarto volume, as tramas do Bill Ferrer parecem mais densas, sem perder o humor e o nonsense. Você acredita que haja uma evolução da narrativa desde a criação do personagem?
As histórias dela foram ficando cada vez mais elaboradas e com um humor cáustico. Ela liga cada caso policial ao momento histórico e político em que ele acontece e os personagens centrais, o detetive particular americanófilo chamado Bill Ferrer, e o seu ajudante pernambucano, Aderbal Vasconcelos, assumem neste quarto volume características e hábitos mais definitivos, inclusive nas preferências alcoólicas. São quatro histórias muito interessantes.
Além da referência explícita a James Bond, que vem desde o título, e algo de “Dom Quixote” – o cavalheiro solitário e seu escudeiro - em quais outros detetives/personagens da literatura a Saphira (e você) se inspiraram para criar Bill Ferrer?
Saphira leu todas as histórias de Sherlock Holmes e de outros detetives famosos, mas se negava a ler Agatha Christhie. Um dia, resolveu ler e não gostou, achou ruins suas fórmulas para apurar crimes. Disse que ela criava um clima de suspense para que o leitor ficasse imaginando quem é o criminoso, e no fim "põe" um novo personagem ali, como criminoso, um sujeito que não aparecia antes. Então, disse: "Eu faço melhor que isso. E com humor, não essas besteiras metidas a sérias". Então escreveu uma história como experiência, gostou e continuou escrevendo...
Há previsão de lançamento de outros volumes de casos de Bill Ferrer?
Sim, o volume 5 está pronto para ser lançado. Ela quer que a gente lance rapidamente, na sequência deste.
Finalmente, o Vasconcelos vai algum dia conseguir “sair da seca” com a Creodete?
Ele tem esperanças... E a Saphira também quer que isso aconteça. O rapaz vive indignado com a prima Creodete, que, segundo ele, dá pra todo mundo, menos pra ele. Neste quarto volume... quem sabe? Não vou adiantar nada para não estragar a leitura..