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Em coletiva realizada na tarde desta quarta-feira (24) no Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, a Polícia Federal informou que aproximadamente 1.000 contas telefônicas foram alvos dos supostos hackers. O padrão de ação deles foi identificado em dez dias pelos policiais. Depois, foram localizados os IPs dos equipamentos e feito o rastreamento do grupo. Trata-se de um bando com perfil de estelionato eletrônico, especialista em fraudes bancárias, inclusive envolvendo cartões de débito e crédito.
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Participaram da apresentação João Vianey Xavier Filho, coordenador geral de inteligência e delegado federal; e Luiz Spricigo Júnior, perito criminal federal. Em pouco mais de 15 minutos a PF apresentou 10 slides e ao final disse que não abriria para perguntas de jornalistas justificando que as investigações ainda estão em andamento.
A PF informou que todos os números alvos de ataque serão identificados. Segundo João Vianet, a Anatel será comunicada sobre as características técnicas do ataque para ajudar na identificação.
As prisões ocorreram nesta terça em São Paulo. De acordo com o juiz Vallisney de Oliveira, de Brasília, que autorizou a operação, há "fortes indícios" de que os suspeitos formaram uma organização criminosa para violar o sigilo de autoridades.
Conforme a investigação, o grupo usou uma brecha no aplicativo Telegram. O advogado de um dos presos disse que seu cliente viu, no celular de um amigo também detido, mensagens que seriam de Moro.
A PF fez buscas em diversos endereços e apreendeu R$ 100 mil na casa de um dos presos. Além disso, afirma ter identificado movimentações suspeitas nas contas de dois dos quatro detidos: transações de mais de R$ 600 mil feitas entre março e junho.
Moro insinua relação com Intercept
Chefe da Polícia Federal, o ex-juiz e ministro da Justiça está sendo duramente criticado no Twitter após festejar a prisão de quatro supostos hackers que teriam invadido seu aparelho celular. Na publicação, Moro insinua a relação dos suspeitos presos como "fonte" das reportagens divulgadas pelo site The Intercept e outros veículos da imprensa.
“Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o MPF e a Justiça Federal. Pessoas com antecedentes criminais, envolvidas em várias espécies de crimes. Elas, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”, tuitou Moro, insinuando a relação dos suspeitos presos como “fonte” das reportagens divulgadas pelo site The Intercept e outros veículos da imprensa.