Eduardo de Paula Barreto: O Pato de Troia

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Historiadora, pedagoga, educadora, formadora, blogueira, autora de coleções didáticas e séries para a televisão.
O PATO DE TROIA Onde estão aquelas panelas Que davam ritmo aos gritos Daquele povo comprometido Com o combate às mazelas? Onde foi parar a multidão Que dizia que toda corrupção Era culpa de Dilma Rousseff? Cadê os defensores da justiça Que abraçavam a polícia Para tirar cômicas selfies? . O grito daquele povo Virou silêncio de vergonha Ao perceber as artimanhas Nas quais caíram feito bobos E que permitiram aos mafiosos Assumir sem esforços O controle do Brasil Para colocarem em prática As medidas antidemocráticas Que Getúlio extinguiu. . As camisas amarelas Voltaram para as gavetas E tristes camisas pretas Ocuparam o lugar delas Em sinal de luto Pelo ataque súbito Contra a Democracia E as panelas amassadas Foram todas condenadas A estar sempre vazias. . Concluída a tramoia Os coxinhas perceberam Que o pato que defenderam Era o Pato de Troia Que trazia dentro de si Dentre todas as mais vis Das políticas conservadoras Que se mostraram elitistas Ao retirarem as conquistas Da classe trabalhadora. . Eduardo de Paula Barreto 13/07/2016. o pato de troia
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