Para quem não sabe o que é um *mascu, imagine um sujeito que coloca toda a culpa do universo sobre as mulheres e por isso nos acha o pior ser do mundo e merecedoras de extrema violência.
Bolsonaro é um mascu no exemplo mais bem acabado, hoje ele disse em pleno Congresso que só não estuprava Maria do Rosário, porque ela não é merecedora de que sequer ele a estupre. Algum ser na face da terra é merecedor de sofrer estupro?
Eu tenho uma imensa resistência em blogar sobre as presepadas de sujeitos caricatos como Bolsonaro. Mas seu desrespeito, violência, quebra de decoro está em toda a mídia; as mulheres no Congresso estão indignadas. Seria importantíssimo que os pares deste mascu cuja simples presença no Congresso já é falta de decoro parlamentar também se indignassem, também repudiassem as atrocidades que este idiota emite por uma boca que só fala sandices. Mas posso apostar que entre seus pares teve inclusive aqueles que riram quando este boçal agrediu Maria do Rosário. Não é a primeira vez que esta direita bruta, incivilizada, reacionária ao extremo envergonha o Congresso: já teve deputada que teve microfone cortado e desrespeitada, senadora chamada de vagabunda e não é a primeira vez que este pústula destrata uma mulher e inclusive não é a primeira vez que ele desrespeita Maria do Rosário e repete as mesmas barbáries "Não te estupro porque você não merece" e ainda a chama de 'vagabunda' e embora gravado, transmitido pela TV, absolutamente nada aconteceu com ele.
Leiam os comentários deste vídeo que está no youtube desde 2008. Bolsonaro representa o que há de pior neste país e tem eleitores.
Acho que se um dia o lunático do Bolsonaro atirar em algum de seus desafetos, ele seguirá protegido por uma imunidade que só serve para proteger crápulas como ele.
Jandira Feghali se pronunciou assim em seu Facebook
Nós, mulheres, não aceitaremos mais uma ofensa de parlamentares como Bolsonaro. Nós, mulheres de esquerda, parlamentares eleitas com votação popular, não aceitaremos mais um pio fascista, machista, preconceituoso e grosseiro por parte de pessoas que deveriam honrar o cargo que ocupam, ter o mínimo de respeito com o decoro. Acabou! É uma vergonha para cada cidadão deste país assistir a falta de respeito deste deputado, a exemplo do que fez hoje com Maria Do Rosário Nunes. Se depender de nós, do PCdoB, e de todos aqueles que se reúnem no campo progressista, Bolsonaro não passará impune a mais esse capítulo desastroso na história do Parlamento.
FORA MACHISTA MAL-EDUCADO!
Infelizmente, o Congresso pode ser chamado de tudo, menos de progressista, a ala progressista e minimamente civilizada desta casa é ínfima. Esta é uma casa que trabalha na madrugada pra derrubar decreto de participação popular, um Congresso que insiste em levar o país à barbárie, com deputado propondo revogar o Estatuto do Desarmamento que vem diminuiu morte com arma de fogo. E a próxima legislatura será ainda mais tenebrosa: 70% destes senhores foram eleitos por 10 empresas. Eles as representarão e não a sociedade brasileira.
Bolsonaro repete que não estupra deputada porque ela 'não merece'
Maria do Rosário (PT-RS) fez discurso na tribuna com críticas à ditadura.
Militar da reserva, deputado do PP-RJ reagiu e ofendeu ex-ministra.
Por: Fernanda Calgaro, Do G1, em Brasília
09/12/2014 16h21 - Atualizado em 09/12/2014 20h33
Os deputados Jair Bolsonaro e Maria do Rosário (Foto: Gabriela Korossy e Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) reagiu nesta terça-feira (9) a um discurso da deputada Maria do Rosário (PT-RS) contra a ditadura militar dizendo que ele só não a estupra porque ela “não merece”. Ele repetiu ofensa dirigida à mesma deputada em 2003, quando os dois discutiram em um corredor da Câmara.
Em seu discurso, Maria do Rosário, que foi ministra da Secretaria de Direitos Humanos, chamou a ditadura militar no Brasil (1964-1985) de “vergonha absoluta”.
Bolsonaro, que é militar da reserva, foi à tribuna em seguida. No momento da fala do deputado, Maria do Rosário deixou o plenário.
"Fica aí, Maria do Rosário, fica. Há poucos dias, tu me chamou de estuprador, no Salão Verde, e eu falei que não ia estuprar você porque você não merece. Fica aqui pra ouvir", afirmou Bolsonaro.
Ao discursar, Maria do Rosário tinha afirmado que “homens e mulheres (...) se colocaram de joelhos diante dela [da ditadura] para servirem ao interesse da tortura, da morte, ao interesse de fazer o desaparecimento forçado, o sequestro”.A ex-ministra criticou também as manifestações de rua que pedem a volta dos militares. Segundo ela, os manifestantes “deveriam ter consciência do escárnio que promovem indo às ruas pedir a ditadura, pedir o autoritarismo e o impeachment. Ora, figuras de linguagem desvalidas porque colocadas no pior lixo da história”.
Maria do Rosário elogiou ainda o trabalho da Comissão Nacional da Verdade, que divulgará o relatório final nesta quarta-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos. No documento, haverá a recomendação para que responsáveis pela violação de direitos humanos sofram punição no âmbito civil, administrativo e criminal.
Jair Bolsonaro disse que, para ele, a data é o “Dia Internacional da Vagabundagem”. “Os direitos humanos no Brasil só defendem bandidos, estupradores, marginais, sequestradores e até corruptos”, declarou. E acrescentou ataques à presidente Dilma Rousseff:
“A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão? O segundo marido confessou publicamente que expropriava bancos, roubava bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões de carga na Baixada Fluminense. Por que não fala isso?”, indagou.
Bolsonaro ainda mencionou o caso do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), de Santo André, e chamou a deputada de "mentirosa, deslavada e covarde".
"Vá catar coquinho. Mentirosa, deslavada e covarde. Eu ouvi ela falando aqui as asneiras dela e fiquei aqui. Fale do teu governo, o governo mais corrupto da história do Brasil", afirmou.
'Peço que o mantenha longe' Depois da sessão, a deputada Maria do Rosário disse que a atitude do Bolsonaro agredia não só a ela, mas a todas as mulheres, e fez um apelo à direção da Câmara para que o “mantenha longe”. “Ele, de fato, agride a todas as mulheres [com o seu discurso]. Eu só quero poder vir para a Câmara dos Deputados, porque eu fui eleita, e trabalhar”, afirmou.
E completou: “Eu não quero que os pronunciamentos sejam comentados, eu não quero ser agredida por esse senhor. Eu peço à Mesa da Câmara que o mantenha longe, que o mantenha distante. Essas ameaças são típicas de quem fala em tortura. Não aceito”.
Conselho de Ética e Judiciário O líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), leu uma nota em que confirmou que o partido vai tomar medidas judiciais contra Bolsonaro.
“No âmbito do Parlamento e do Judiciário, todas as iniciativas serão tomadas por nós, parlamentares da bancada do PT, já que as declarações, ameaças, de Bolsonaro demonstram total desrespeito à condição de representante do povo deste país”, disse Vicentinho.
Ele classificou a atitude do deputado de “torpe” e “barbárie”. “Tudo o que está em sua mente e em sua boca é maldade e depravação, marcas indeléveis do regime de usurpadores e torturadores que ele tanto defende”, afirmou. Vicentinho estava rodeado de parlamentares mulheres, que chegaram a entoar um coro de “Fora, Bolsonaro”.
O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que presidia a sessão nos momentos em que Maria do Rosário e Bolsonaro discursaram, disse que solicitará as notas taquigráficas e o áudio para, com o apoio da bancada feminina, entrar com uma representação contra Bolsonaro no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.
Segundo o deputado Geraldo Magela (DF), secretário-geral do PT, o partido também decidiu entrar com uma representação no Conselho de Ética contra Bolsonaro e estuda outras medidas judiciais cabíveis. “Ele efetivamente quebrou o decoro parlamentar”, disse.
A líder do PC do B na Câmara, deputada Jandira Feghali (RJ), disse que o partido estuda tomar medidas contra Jair Bolsonaro. Segundo ela, entre as possibilidades está entrar com representação no Conselho de Ética ou impetrar ação no Supremo Tribunal Federal. “Estamos avaliando qual o melhor caminho”, disse. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), criticou a atitude de Bolsonaro e afirmou que o Parlamento tem que “dar o exemplo” não só na política, mas no campo pessoal também.
“A Câmara não pode ter esse tipo de comportamento aqui. Tem que dar o exemplo aqui na relação não só política, mas pessoal também”, afirmou. Ele observou ainda que a deputada tem como acionar a Casa para que o deputado se explique.