Logo após os resultados do primeiro turno circulou na rede um vídeo produzido por partidários tucanos, muito possivelmente em agência publicitária, tirando onda dos blogueiros, ativistas e apoiadores da candidata Dilma Rousseff. Escrevi: estão cantando vitória muito cedo: Tucanos com PIG amigo provocam petistas e cantam vitória muito cedo. Vaticinei: ao invés de desanimar militantes e simpatizantes de Dilma, isso vai ter efeito contrário, vai animá-los a se envolverem ainda mais na campanha.
Pois, diferentemente da campanha de Aécio Neves, onde a 'espontaneidade' é fabricada em agências de publicidade como aqui: No Brasil alemão da campanha de Aécio nem Rapper é negro e aqui: A ‘espontaneidade’ dos pobres que apoiam Aécio nas redes sociais, o que não falta nas campanhas petistas são iniciativas da militância, de artistas, de coletivos que abraçam de fato a campanha e produzem conteúdo independente. E isso não é de agora. Quem não lembra da reação em cadeira de militantes e simpatizantes do PT que apoiaram a eleição de Dilma Rousseff em 2010, após a patacoada de José Serra que foi fazer tomografia na cabeça depois de receber uma bolinha de papel no cocuruto?
Seguem três exemplos da produção desta militância que mais que defender uma candidatura, defende um projeto de país, defende um Brasil inclusivo, realmente para todos:
Enderson Araújo, de Cajazeiras, um dos editores do Mídia Periférica lançou em seu Facebook uma campanha para que seus amigos fizessem vídeos declarando seu voto e por quê. Daine Rosário, Editora de vídeo na TV Pelourinho foi uma das que aceitaram a convocatória:
"Eu estou com Dilma, estou com Lula, estou com o PT, porque é um governo de oportunidades. Hoje tenho 23 anos, eu tenho profissão, minha mãe nessa idade, era empregada doméstica, eu hoje faço faculdade, graças a Dilma e ao Lula"
Já esse vídeo foi produzido por artistas gaúchos. Simplesmente fantástica a forma como escolheram para a defesa de um projeto inclusivo e que vem transformando o país:
E por último, este que recebi por e-mailCAMPO DE BATALHA (a Dilma Rousseff) A luta nunca deixou de ser armada Hoje disparo um sorriso lembrando 21 milhões de novos empregos e o fim da miséria e da fome Avanço mão no ombro olhos nos olhos e: “Confio em ti” Se falham baterias de defesa ferem-me palavras, asperezas (Quão dura é a voz do amo que sai da boca do servo!) Caio, reergo-me e contra-ataco: escolas, universidades, estaleiros cursos, concursos, recursos pontes, portos, aeroportos postos, médicos, hospitais Sim! Agora quem me chama de louco pode até mesmo tratar sua combalida saúde mental Porque está enfermo, enferma quem se mostra indiferente à superação da miséria à elevação dos salários e à construção de milhões de casas populares Está enfermo, o apátrida inimigo e a este campo de batalha vim para resgatá-lo da mentira midiática da morte do espírito do medo de ser feliz da canalhice gullar-jaboriana e do suicídio de classe A morte não me comanda! Vim para salvá-lo Esta é minha missão que será vitoriosa pois não hesitarei em recorrer à violência de um poema panfletário. Recife, 13 de outubro de 2014