Por: Movimento Passe Livre SP
07/06/2013
Movimento Passe Livre de São Paulo vem com esta nota esclarecer as acusações de vandalismo e depredação do patrimônio público feita pela Policia Militar de São Paulo e por parte da imprensa.
Ontem, quinta-Feira, foi realizado o 1º Grande ato contra oaumento da tarifa no transporte público da capital paulista. Com concentração inicial em frente ao Teatro Municipal, o ato reuniu 5 mil pessoas e seguiu em caminhada pacífica pelas ruas do centro da cidade.
Exercendo seu legítimo direito de se manifestar, as pessoas ocuparam importantes vias da capital e em seguida sofreram diversos momentos de repressão violenta por parte da Polícia Militar.
A população que já revoltada com o abusivo aumento das tarifas reagiu e revidou a agressão dos policiais - que, vale a pena lembrar,são os policiais que possuem armas e bombas. Ontem, a PM feriu dezenas de pessoas.
As imagens dessa repressão brutal podem ser vistas em toda a mídia imprensa e de vídeo nas redes sociais. A truculência da PM é um fato conhecido até mesmo pela imprensa, que diversas vezes tem seus cinegrafistas e repórteres vítimas dessa violência.
As depredações só se iniciaram depois de um segundo momento de repressão brutal e prisões, realizadas na região da Avenida Paulista.
O Movimento Passe Livre não incentiva a violência em momento algum de suas manifestações,mas é impossível controlar a frustação e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar.
Atualmente 37 milhões de pessoas são excluídas do transporte público por não terem dinheiro para pagarem a tarifa. Com o aumento desse valor aumenta também a exclusão social, o número de pessoas que não podem viver a cidade. Essa exclusão é a maior violência, e é a que estamos combatendo, e apesar dos ataques da polícia militar, não vamos desistir de lutar por um mundo diferente - um mundo em que a cidade seja de todos.
O transporte público de São Paulo é um dos mais caóticos, precários e caros do Brasil como se vê noticiado todos os diaspela imprensa da cidade, e se vive todos os dias dentro dos ônibus e trens. Todos os dias as periferias sofrem com a faltade transporte público, com trânsito e violência policial. Ontem o outro lado da cidade ficou sabendo como essa periferiase sente.
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