Dilma na posse de Maduro e em reunião pra discutir golpismo da direita venezuelana

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Reunião da Unasul vai discutir tensão depois de eleições na Venezuela

Renata Giraldi*, Edição: Talita Cavalcante, Agência Brasil

18/04/2013

Brasília - A tensão na Venezuela, em decorrência das eleições presidenciais ocorridas no domingo (14), é o tema principal de uma reunião de urgência convocada para hoje (18) pelos líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Lima, no Peru. A presidenta Dilma Rousseff confirmou presença. Depois, ela segue para Caracas, capital venezuelana, para a cerimônia de posse do presidente eleito Nicolás Maduro. No total, oito pessoas morreram e 70 ficaram feridas nos confrontos depois do pleito.

A reunião ocorre em Lima porque o presidente do Peru, Ollanda Humala, comanda temporariamente a Unasul. Integram a Unasul os seguintes países: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai (suspenso do bloco), Venezuela, Chile, Guiana e Suriname. O Panamá e o México são países observadores do grupo.

O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Congresso peruano, Víctor Andrés García Belaunde, disse que o desafio da reunião é “convencer” as partes em conflito na Venezuela a buscar um “diálogo franco e sincero para salvar a democracia e assegurar a governabilidade”.

O parlamentar se refere a Maduro e ao grupo de oposição, liderado por Henrique Capriles, derrotado nas eleições, pois nos últimos dias os incidentes envolvendo aliados de ambos os lados se agravaram gerando momentos de tensão e violência na Venezuela.

O ministro das Relações Exteriores do Peru, Rafael Roncagliolo, disse que as discussões de hoje terão uma “agenda aberta” sobre a situação na Venezuela. O chanceler lembrou que os países da América do Sul e o México reconheceram os resultados das eleições na Venezuela.

“Parece-nos importante analisar juntos a situação, assim teremos avaliados também situações passadas e montamos uma agenda aberta para ter oportunidade de ter um diálogo conjunto”, ressaltou. “Evidentemente há uma situação difícil e nós queremos ajudar no que for possível”, disse o chanceler.

*Com informações da agência pública de notícias do Peru, Andina.

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