O hidrófobo da Veja, ROTTWEILER da Folha promete parar de escrever, pena que ele não tem palavra

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Já imaginaram o quanto o país iria ficar mais saudável sem tanta preconceito e ódio que este sujeito espalha diariamente agora em dois veículos de jornalixo?

REINALDO, O ROTTWEILER, PROMETE PENDURAR AS CHUTEIRAS

Brasil 247 04/11/2013
Edição/247 Fotos: Reprodução:

"Vou parar de escrever porque, assim, a imprensa será mais plural e tolerante. Vou parar de escrever porque, assim, se eleva a qualidade do debate. Vou parar de escrever porque, assim, ninguém mais será chamado de cachorro no colunismo pátrio. Vou parar de escrever para ninguém mais ser obrigado a me chamar de cachorro", diz o colunista chamado de rottweiler por  Miriam Leitão e que, nesta segunda-feira, rosnou para ela

247 - Incomodado com a crítica da jornalista Miriam Leitão, que o rotulou como rottweiler e o acusou de "rosnar", o blogueiro Reinaldo Azevedo prometeu "para de escrever para o bem do Brasil". Será verdade? Seja como for, nesta segunda, enquanto ainda escreve, Reinaldo aproveitou para rosnar mais uma vez para a colunista do Globo (leia aqui). Abaixo o texto em que ele promete parar:

Chega! Vou parar de escrever para o bem do Brasil

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Vou parar de escrever. Eles me convenceram de que sou o mal do Brasil.

Vou parar de escrever porque, assim, a imprensa será mais plural e tolerante. Vou parar de escrever porque, assim, se eleva a qualidade do debate. Vou parar de escrever porque, assim, ninguém mais será chamado de cachorro no colunismo pátrio. Vou parar de escrever para ninguém mais ser obrigado a me chamar de cachorro. Vou parar de escrever para que os mansos e doces continuem mansos e doces. Não é bom que eles se tornem ferozes porque, afinal de contas, eu tenho um blog hospedado na VEJA e uma coluna na Folha. Vou parar de escrever para não mais açular a paixão sanguinolenta dos cordeiros.

Se eu parar de escrever, os que me odeiam poderão cuidar, em suas respectivas colunas, da alta política. Então será possível perceber o seu diálogo com Maquiavel, com Tocqueville, com Rawls, com Burke, essa gente toda que ignoro em meus textos e que os levo a ignorar nos seus porque, infelizmente, são obrigados a me odiar — aprendi com Miriam Leitão que sou eu que os obrigo a isso.

Vou parar de escrever porque, se o fizer, é certo que o Brasil sairá ganhando. Se eu parar de escrever, a escola pública melhora. Na verdade, vai ser possível perceber que ela, como disse aquele sobre a saúde, já está “perto da perfeição”. Eu é que me nego a ver. Se eu não produzir mais nenhuma linha, os brasileiros, finalmente, serão tratados como gente nos hospitais e nos aeroportos. Haverá mais igualdade.

Não escrevendo mais nada, haverá mais investimentos púbicos e privados. O país poderá, finalmente, ser mais rigoroso com as despesas. Quando eu pendurar as chuteiras, a oposição, finalmente, encontrará o seu caminho. Quem a impede de organizar um discurso para enfrentar o PT, como é visível, sou eu. No dia em que eu não produzir mais nenhuma linha, os petralhas deixarão de existir. Nunca mais haverá um político justificando a roubalheira em nome de amanhãs sorridentes.

Quando eu não mais escrever, vai aumentar a qualidade dos empregos no Brasil, e crescerá também a renda média do trabalho. Quando os leitores não mais forem torturados pelos meus textos, haverá, então, um debate de qualidade, que é aquele, como se sabe, que se deve fazer entre pessoas que concordam.

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