Frente de Luta pela Moradia denuncia que GCM age com violência para retirar despejados da calçada da av. São João

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Os Pinheirinhos de Kassab são muitos, o mais recente está na calçada da avenida São João.

De acordo com informações da Frente de Luta Pela Moradia GCM ESTÁ FAZENDO CORDÃO DE ISOLAMENTO PARA RETIRAR FAMÍLIAS DA CALÇADA DA AV. SÃO JOÃO NESTE MOMENTO.  Contatos -  Carmen: 9680-7409; Coordenação Geral da FLM Osmar Borges: Tel: 8302-8197 ou 9516-0547

Nesta manhã do domingo a FLM faz apelo via twitter:

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FAMÍLIAS AMANHECEM NA RUA NESTE SÁBADO AGUARDANDO RESPOSTA DA PREFEITURA

Por: Frente de Luta pela Moradia, por e-mail

04/02/12 às 8:55

As famílias sob o sol deste sábado, 04/02.

 Ao todo, 230 famílias dormiram na calçada. O Ministério Público vai pedir à justiça que multe em R$ 3 mil por dia os responsáveis por deixar as famílias na rua.

Graças a Deus a noite foi morna e  minimizou o sofrimento das famílias que dormiram ao relento na calçada da Av. São João. Depois que a GCM derrubou os barracos  montados na calçada após a reintegração e das ameaças de retirar os pertences, nem que fosse preciso usar de violência, feita pelo Inspetor Queirós da GCM, todos ficaram muito apreensivos.

Foi uma longa noite à espera da resposta prometida pela assistente social Jurema, da Sub-prefeitura Sé. Ela esteve com as famílias no final da tarde desta sexta-feira e prometeu que faria uma reunião com seus superiores para encontrar um local para onde as famílias deveriam ser levadas até que se inclua as famílias em um projeto de moradia definitiva. Não voltou com a resposta até agora, início da manhã

Agradecemos a solidariedade de centenas de pessoas que passaram por aqui querendo nos ajudar.

Informamos que NÃO ACEITAMOS DOAÇÕES EM DINHEIRO.

Quem quiser e puder ajudar podem trazer: leite, água, alimentos não perecíveis.  Outra forma de ajuda também é continuarem divulgando pela internet.

Estamos colocando informações neste site no faceboock e no twitter, pesquisar pelo endereço  lutamoradia

Coordenação Geral da FLM Osmar Borges: Tel: 8302-8197 ou 9516-0547

Abaixo breve histórico do que ocorreu  ontem.

São 21:40 e..

Famílias sem-teto continuam no relento, na calçada da Av. São João depois que a prefeitura de São Paulo mandou a GCM derrubar os barracos. Até agora a prefeitura só quer disponibilizar albergue? pais e filhos separados?

Coordenação continua negociando com representantes da prefeitura um local para abrigar as famílias sem-teto. Desde ontem estão na calçada da Av. São João, depois que foram retiradas do prédio que ocupavam no número 628, esquina com a Ipiranga. Na da madrugada desta sexta-feira a GCM chegou para retirar as madeiras e agora ameaçam retirar os pertences.

ÚLTIMAS IMAGENS DO SPTV AQUI __________________________

Osmar Borges foi informado pelo Inspetor  Queirós da GCM que pertences das famílias serão retirados e que se for preciso usarão de violência

SE NÃO HOUVER ATENDIMENTO PERMANECEREMOS NA RUA DEBAIXO DA LONA

A  partir das 5 da manhã desta sexta-feira  a GCM  e sub prefeitura da Sé começaram a pressionar para retirar os barracos que armamos na  favela  São João após a reintegração de ontem. Tentamos negociar sem sucesso e a partir das 8 da manhã as madeiras foram etiradas.

Agora as famílias estão ao relento, na calçada. Caso até o final do dia de hoje não haja proposta de atendimnto das famílias por parte da prefeitura usaremos uma lona preta para nos abrigar.  Mas vamos permanecer na rua.

Ou comemos ou pagamos aluguel. Não queremos casa de graça queremos projetos habitacionasi que caibam em nosso orçamento.

Telefones de contato:

Coordenação Geral da FLM Osmar Borges: Tel: 8302-8197 ou 9516-0547

IMAGENS DO SPTV

MINISTÉRIO PÚBLICO QUER QUE PREFEITURA ATENDA SEM-TETO EXPULSOS NO CENTRO DE SP Por: João Peres, Rede Brasil Atual

03/02/12 às 9:26

Ministério Público quer que prefeitura atenda sem-teto expulsos no centro de SP

Promotores buscam reverter decisão judicial a favor da administração Kassab que impede atendimento habitacional de famílias expulsas de prédio entre as avenidas Ipiranga e São João

As famílias dizem que não desejam um imóvel gratuito, mas uma moradia que se adeque às possibilidades financeiras (Foto: Danilo Ramos. Rede Brasil Atual)

São Paulo – O Ministério Público Estadual decidiu nesta quinta-feira recorrer contra a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que suspendeu a decisão que obrigava a prefeitura da capital a alojar as famílias retiradas do imóvel localizado na esquina das avenidas Ipiranga e São João, no centro da cidade.

A administração de Gilberto Kassab (PSD) conseguiu a cassação de liminar emitida pela 14ª Vara da Fazenda Pública com o argumento de que não pode privilegiar os integrantes da ocupação iniciada há três meses no prédio abandonado porque há um milhão de pessoas cadastradas para programas habitacionais, “mas nem por isso ocuparam imóveis particulares”.

O desembargador José Maria Câmara Junior, da 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça, afirmou ainda que essas famílias podem ser levadas para abrigos e albergues municipais, hipótese descartada pelos sem-teto. “No albergue as famílias ficam separadas. As pessoas dessa ocupação não têm o perfil que se atende nos albergues”, disse Osmar Borges, coordenador da Frente de Luta por Moradia.

Para os promotores Maurício Antonio Ribeiro Lopes e Mário Augusto Vicente Malaquias, a prefeitura precisa ser obrigada a cadastrar as famílias desalojadas e a inscrevê-las em programas habitacionais de acesso à moradia, como previsto na decisão judicial inicial, que garantia ainda o pagamento de multa de R$ 3 mil para cada dia de descumprimento da ordem.

As famílias acusam a prefeitura de não ter procedido ao cadastramento dos moradores. Em nota, a Secretaria Municipal de Habitação informou que os integrantes da ocupação foram listados para posteriormente ser inseridos na relação de espera por moradia social. A reintegração de posse foi conduzida na manhã desta quinta após negociação com a Polícia Militar. “Nós cooperamos no sentido da saída pacífica, mas a prefeitura não cumpriu a parte dela”, afirmou Osmar.

Alguns moradores levaram os pertences para a casa de parentes, e outros optaram pelo galpão no qual os bens são mantidos pela administração municipal durante 30 dias. Barracos foram improvisados do lado oposto da avenida São João para abrigar as famílias. Durante a manhã chegou a haver tensão com a Guarda Civil Metropolitana, força de segurança municipal, que os sem-teto acusavam de ameaçar reprimir os que montaram acampamento na calçada.