Em 2010, conheci Debora Silva, uma das lideranças das Mães de Maio, nas mobilizações pela aprovação do PNDH3.
Quando escolhíamos a composição da mesa de abertura do 1º encontro nacional de blogueiros progressistas sugeri seu nome que foi acatado prontamente por toda a comissão organizadora.
Não há como não nos emocionar ouvindo o relato de Débora que perdeu seu filho durante a violenta repressão policial após os ataques do PCC em 2006. Ouvi-la é um misto de dor diante da dramática experiência que ela vivenciou e ao mesmo tempo de recuperação da fé na humanidade, porque ela é incansável na luta por Justiça.
Débora é uma mulher de luta que juntamente com outras mães e familiares vítimas daqueles que deveriam cuidar de nossa segurança pública nos ensina que não existe cidadania sem Justiça.
No final do ano passado uma nota num jornal de Santos (cidade onde o filho de Débora foi assassinado pela polícia militar) informava que os crimes do estado de São Paulo poderiam ser julgados em esfera federal. Tomara que assim o seja e que a Justiça ocorra.
Cinco anos depois das execuções de maio, as Mães de Maio estão produzindo um livro para não nos deixar esquecer aquela barbárie, na esperança de que ela jamais se repita. Latuff fez o cartum abaixo para ilustrar o livro.
Para saber mais sobre as mães de maio clique aqui. No post de hoje elas denunciam novas chacinas ocorridas na baixada Santista.