Quem é o “Roubnei”, o “consultor” herói da mídia.
Por Brizola Neto, em seu blog
17/09/2010
Ou Rubnei Quicoli é um contumaz delinquente ou a Justiça Brasileira e o Ministério Público estão sendo esbofeteados pela imprensa. Este homem, que é colocado na condição de “herói” pelos grandes jornais e que tem suas afirmações reproduzidas em manchetes por eles e pela televisão é condenado diversas vezes na justiça, inclusive em segunda instância e os documentos estão aí, ao alcance de qualquer jornal.
Aqui, você pode ler o no Diário da Justiça o voto do relator da apelação criminal de número 0007953-14.2000.403.6105/SP, onde este homem é julgado por ter sido pego retirando um BMW roubado de uma oficina mecânica e, ainda por cima, portando sete notas falsas de R$ 50. Ele obteve uma redução de pena para “ 4 (quatro) anos de reclusão e 20 (vinte) dias-multa, determinar o regime inicial aberto e substituir a pena privativa de liberdade por 2 (duas) restritivas de direito nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado”, por decisão do Desembargador André Nekatschalow. Na sentença, é mencionado que Rubnei já tinha sido condenado pelo mesmo tipo de crime (fls. 463), mas que não foi considerado reincidente apenas pelo fato de est outra sentença ainda não ter transitado em julgado.
O documento é original, certificado eletronicamente e não foi obtido por nenhuma investigação senão um acesso ao Google, digitando “sentença rubnei quicoli”. Nada mais. O acórdão foi expedido agora, dia 26 de abril deste ano, por unanimidade de votos.
E o antecedente? É a sentença da juíza de Campinas, Dra. Carla dos Santos Fullin Gomes, obtida na internet, no Tribunal de Justiça de São Paulo, cuja a imagem reproduzo aí em cima, por receptação de carga roubada e coação de testemunha. Sua leitura dispensa qualquer comentário.
Este é o herói da mídia. Este é o homem que serve para que ela tente manipular a vontade eleitoral do povo brasileiro.
Sugiro, publicamente, que os partidos políticos publiquem estes documentos como matéria paga na capa dos jornais. Se o Ministério Público não age, ajamos nós. Vamos levar a verdade ao conhecimento de todos. Essa missão deveria ser da imprensa, bem como a de noticiar a apuração de qualquer desvio de conduta de qualquer integrante do poder público.
Mas não há imprensa, há é um partido político da mídia, que coloca todas as suas fichas no golpismo e que não hesita em publicar, escandalosamente, as acusações de um comprovado delinquente de quinta categoria.