Alertada pelo Berlitz fui até o Blog do Favre que conta a história de como o Estadão numa matéria seletiva do que e como traduzir um artigo da revista inglesa The Economist foi fominha e papou na cara dura um parágrafo inteiro sobre o Escândalo de espionagem, corrupção, cobrança de propina e outros bichos no governo tucano de Yeda Crusis.
Resolvi dar uma ajudinha ao leitor do Estadão, alertando-o que, além da supressão de um parágrafo importante, a matéria do Estadão também não dá o título que The Economist deu originalmente ao seu artigo em inglês. O Estadão preferiu dar destaque ao medo que vem sendo plantado na mídia velha há bastante tempo, o tal do 'controle do PT'.
Observem: a tradução do título da matéria da Revista inglesa The Economist é esta:O próximo governo do Brasil Sob uma estrela da sorte Dilma Rousseff parece ser indetível. Quanto poder ela empunhará?
O Estadão escolheu dar como título um subtítulo, que originalmente era uma pergunta e na 'tradução do Estadão deixou de ser:
The Economist: governo Dilma pode ser forte só no papel
Há outras 'traições' nos trechos escolhidos para ser traduzidos, mas vamos ao que interessa. Na matéria do Estadão, o leitor não encontrará, nem se procurar com lupa, nenhuma menção a isso aqui:
"Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, um escândalo de superfaturamento envolvendo o banco estadual pode prejudicar a aposta na reeleição de Yeda Crusius, governadora pelo PSDB. No dia 02 de setembro, a polícia encontrou –e fotografou—notas de várias moedas no valor de R$3.4 milhões. Tais imagens influenciam os eleitores mais do que crimes com menos provas fotográficas, diz David Fleischer da Universidade de Brasília. Independentemente de como seguirem as eleições, entretanto, os políticos nacionais em escala federal no Brasil são usados para fechar acordos com governadores nas fronteiras dos partidos."
E como o leitor do Estadão nem ao menos soube o que até a revista The Economist sabe, ou seja, o escândalo do Banrisul. Possivelmente também não tenha visto as fotos que registram os maços de cédulas de moedas de vários países, liberadas pela PF. Neste caso, a gente mostra: