O aborto auto-provocado, desassistido ou clandestino é a terceira maior causa de mortes entre mulheres pobres na faixa de 16 e 18 anos.
Usar eleitoralmente essa questão tão séria é repugnante. É uma baixaria que mostra até que ponto Serra chegou para tentar ganhar o poder.
Colocar a questão da forma primária, baixa, dantesca como a campanha tucana de José Serra está fazendo é voltar à Idade Média e mais é tratar uma questão de saúde pública com o viés de classe social: as mulheres de classe média podem fazer aborto assistidas por médicos e em segurança em clínicas clandestinas pagando de 5 a 10 mil reais, como várias mulheres que apóiam José Serra já fizeram entre elas a própria coordenadora da campanha de José Serra, Soninha Francine; já as mulheres das classes populares podem morrer e ainda são alvo de perseguição e correm riscos de serem presas, já que a prática do aborto é criminalizada no país.
No vídeo abaixo a professora Josete, vereadora em seu segundo mandato coloca a discussão em relação ao aborto como uma questão de saúde pública, como ela efetivamente deve ser tratada.
É uma posição a favor da vida. Mas vida para todas e todos, sem hipocrisia nem preconceito.