Estamos vivendo uma eleição bastante polarizada. São dois projetos políticos distintos.
O projeto político defendido pela candidata Dilma Rousseff tirou mais de 20 milhões de pessoas da linha da miséria e elevou mais de 30 milhões para a classe C e gerou 15 milhões de empregos formais. Fortaleceu a soberania nacional, recuperou e capitalizou a Petrobrás e garantiu que as riquezas da exploração do pré-sal sejam voltadas para a educação, saúde, cultura, e conservação ambiental.
O projeto defendido pela candidata Dilma Rousseff triplicou em valores nominais as verbas da educação, vem investindo na recuperação do ensino superior e na pesquisa acadêmica, assim como no ensino técnico. Tem diferentes projetos bem sucedidos como o Prouni com cerca de 800 mil alunos de baixa renda na universidade, inclusive em cursos como medicina; o REUNI, e tantos outros e criou 12 novas universidades.
O PAC representa um grande investimento na infra-estrutura do país, é inegável nesses oito anos de governo o fortalecimento de nossa economia, de nossa capacidade produtiva: indústria naval, ferroviária, agro-indústria e também investimento na agricultura familiar etc.
Há ainda uma lista imensa de projetos que poderia arrolar aqui e que todos os blogueiros progressistas sabem de cor. E ao longo dessas duas semanas teremos de ser didáticos para mostrar.
Do outro lado temos um projeto retrogrado, privatista, excludente que mobiliza o fanatismo e a boataria trazendo a manipulação da fé para a campanha eleitoral.
Nos meus 46 anos de vida nunca vi uma campanha tão imunda como a dos partidários pró-Serra, tem de tudo: da TFP a simpatizante da juventude nazista.
Nos meus 46 anos nunca vi uma campanha tão hipócrita, nos tratando como imbecis, desmemoriados. Hoje, 15 de outubro, dia do professor, o programa de Serra foi uma afronta a mim como educadora, ativista e a todos os professores deste país.
Serra falou em diálogo, em recuperação do salário do professor, em investimento na educação. Mas quando governou São Paulo fez o que nem a Ditadura Militar teve ousadia de fazer: pôs a tropa de choque na Universidade de São Paulo. Invadiu a USP com a tropa de choque, com helicópteros sobrevoando, fiquei mais de seis horas presa na cidade universitária, corri de bombas e vi a tropa de choque espancando alunos, professores e funcionários, reprimindo com violência. Esta é a marca do governo de Serra. Ele fez a mesma coisa com os professores da rede pública em greve. Serra conseguiu até transformar o Palácio dos Bandeirantes em praça de guerra com enfrentamento entre policiais civis em greve reprimidos por policiais militares.
Serra no governo FHC (ministro do planejamento e da saúde) esteve a frente do processo de privatização do nosso setor elétrico, telefonia e no estado de São Paulo da Nossa Caixa, que só continuou pública porque o governo de Lula, por meio do Banco do Brasil, manteve a Nossa Caixa um banco público.
Todas as forças progressistas do país, todas as forças que defendem o Estado laico, todas as forças que defendem um Brasil com mais justiça social, com mais inclusão, com mais respeito à diversidade estão apoiando a candidatura de Dilma Rousseff. É só observarmos a quantidade de manifestos que pululam diariamente na rede, aqui mesmo publique alguns. Aliás eu acho que uma ação eficiente é imprimi-los e distribuí-los nas feiras, igrejas, nas universidades, em frente aos fóruns, enfim, tem manifesto de juristas, artistas, reitores, professores universitários, cientistas, religiosos católicos, evangélicos, ativistas de defesa dos direitos das pessoas com deficiência...
Mas e nós blogueiros progressistas? Nós temos duas semanas até dia 31/10 para tomarmos de assalto a rede via nossos blogs, twitter, facebook, orkut e outras redes sociais. E fazer uma verdadeira frente de notícias para denunciar e dissolver boatos, explicar à população o que é o projeto de governo Serra (ou de desgoverno) e o que defendemos.
Temos conteúdo, sabemos pesquisar, sabemos escrever, temos conhecimento da história deste país. Podemos produzir bons materiais para circular via e-mail e também ser distribuídos. Temos de nos comunicar no twitter, nos retuitar, enfim efetivamente bombar nossas redes e ampliar o nosso alcance. Por exemplo: podemos criar tags quando apresentarmos posts sobre os programas de Dilma: #dilma13, Brasil13, e tudo que dê identidade ao projeto que defendemos.
Ao fazermos nosso debate político desmontando o Serra que tem mil caras, podemos selecionar algumas tags expressivas #serramilcaras, #serrameerra, #aiatolaserra, #serraentreguista, #serraprivatizador etc. dependendo do assunto e seguir nele o dia todo.
Viu um bom post que um blogueiro produziu? Didático, incisivo, esclarecedor? Reproduza, divulgue em sua rede, mande para a sua lista de mail e se puder imprima e distribua.
Renato Rovai também fez uma boa proposta: cada um de nós produzir vídeos com nossos depoimentos, explicando o nosso voto.
A minha proposta, enfim, é que com a qualidade que temos a rede, ocupemos o máximo de tempo que dispusermos, sem abandonar as ruas, os telefonemas para os amigos e parentes (a campanha de Serra está fazendo telemarketing para marineiros dizendo que Dilma é abortista!).
Energia, amigos, a batalha contra o obscurantismo é árdua. Esta é uma eleição onde a dignidade, a verdade vai vencer a hipocrisia e a boataria.