ARANHA PRÉ-HISTÓRICA

Aranha rara de 310 milhões de anos é descoberta e surpreende cientistas

Fóssil de aracnídeo bem preservado revela nova espécie nunca antes estudada

Fóssil data da Era Paleozoica.Créditos: Divulgação/Jason Dunlop, PalZ, 2023
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Cientistas ficaram surpresos com a descoberta de um fóssil pré-histórico de aranha nos arredores de Osnabrück, na Alemanha. Com cerca de 310 milhões de anos, este é o registro mais antigo desse tipo de animal no país europeu. Após anos de pesquisa, um especialista determinou que o ser vivo pertence a uma espécie nunca antes estudada.

Quase quatro anos atrás, o pesquisador de geociências da Universidade de Utrecht (Países Baixos), Tim Wolterbeek, fez uma a descoberta incrível. Após análises preliminares, o estudo sobre o fóssil ficou sob responsabilidade do especialista em aracnídeos Jason Dunlop, do Instituto Leibniz para a Evolução e Ciência da Biodiversidade, na Alemanha. O trabalho levou à classificação de uma nova espécie.

O fóssil data da Era Paleozoica e pertence à ordem Araneae, o que o separa de grupos anteriores de aracnídeos semelhantes com as aranhas.

Aranha rara

Após análises cuidadosas, o especialista em aracnídeos Jason Dunlop determinou que o fóssil pertencia a uma nova espécie. Em homenagem ao pesquisador que encontrou o fóssil, Dunlop decidiu batizar a aranha de Arthrolycosa wolterbeeki.

Dunlop descreve em seu artigo que a estrutura do aracnídeo se manteve bem preservada. "Característico do gênero, o novo fóssil revela um opistossoma dorsal tuberculado posteriormente e pernas relativamente alongadas e cerdas, sendo que a primeira perna é mais longa que a segunda e a terceira. As fieiras [órgãos produtor de seda] também são preservadas, confirmando seu status como uma aranha genuína".

Ao todo, 12 espécies de aranhas do período Paleozoico já foram encontradas, mas esse número ainda é muito menor do que o registrado para outros aracnídeos relacionados a esse grupo, como os Phalangiotarbidas. Isso mostra que ainda há muito a ser descoberto sobre a diversidade desses animais no passado.

*Com informações de UOL e Revista Galileu

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