Em 2022, a OIT realizou a primeira pesquisa mundial sobre Experiências de violência e assédio no trabalho e apontou que um em cada 5 trabalhadores sofreram violência e assédio no trabalho, seja físico, psicológico ou sexual. Os dados são alarmantes e provocam o adoecimento da classe trabalhadora, especialmente dos grupos mais vulneráveis e invisibilizados. Entre os trabalhadores de limpeza, por exemplo, só em SP, a Federação dos Trabalhadores da Limpeza com uma base de 280 mil trabalhadores recebeu denúncias de quase 200 casos de assédio e discriminação no trabalho, entre elas 2 trabalhadores tiraram a própria vida, além de 1 registro de tentativa de suicídio.
Os sindicatos não são uma bolha externa à sociedade e muitas das práticas de violência de uma sociedade classista, racista, misógina, lgbtfóbica são reproduzidas no ambiente sindical. Neste sentido, a responsabilidade das lideranças sindicais no combate à violência e na construção de uma cultura democrática é ainda maior. Quando uma organização tolera atos de assédio, torna-se também autora da agressão é o que chamamos de Assédio moral institucional.
Neste Fórum Sindical, para debater o assédio no mundo do trabalho e sindical, convidamos a procuradora do trabalho Claiz Maria Pereira Gunça dos Santos, Bárbara Bezerra, coordenadora de Cultura do Sindpetro-NF, Elizabete Sacramento, Coordenadora Geral do Sindpetro-Ba eTaylisi Leite, Professora Adjunta da UFPA, Requisitada pelo Ministério da Cultura, atuando na Diretoria de Articulação e Governança. Vamos discutir os tipos de assédio e os desafios para o mundo sindical no combate a estas práticas de violências.
Participa da bancada a jornalista Iara Vidal