FOLHA SANTISTA

Guarujá: Professora agride aluno de 3 anos que sofre luxação no braço

A agressora foi demitida do corpo docente da unidade depois de ser denunciada; caso segue sob investigação

Escrito em SP el
Jornalista e redator da Revista Fórum.
Guarujá: Professora agride aluno de 3 anos que sofre luxação no braço
O caso foi registrado no Núcleo de Educação Infantil Conveniado (Neic) Espírita Cristã Maria de Nazaré. Prefeitura de Guarujá/Divulgação

Caso de violência foi cometido por quem mais se espera que proteja as crianças. Uma professora do Núcleo de Educação Infantil Conveniado (Neic) Espírita Cristã Maria de Nazaré, no bairro Vila Baiana, em Guarujá, no litoral paulista, agrediu um aluno de apenas 3 anos.

A agressão provocou uma luxação no braço esquerdo do menino. Diante do fato absurdo, a prefeitura de Guarujá informou, via nota, que a professora foi demitida do corpo docente da unidade. O caso foi registrado na Delegacia Sede do município e continua sob investigação.

Segundo a avó da vítima, identificada como Janilma, a criança foi levada à creche, na manhã de quarta-feira (28), sem nenhum problema físico. Entretanto, por volta das 16h20, ela recebeu um telefonema pedindo para buscar o menino, pois reclamava de dores no braço.

O tio do menino foi buscá-lo e a avó o levou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Enseada. “Fui pegar ele no colo, mas (ele) chorava muito, dizendo que o braço estava doendo”, relatou a avó, que é diarista, em entrevista para A Tribuna.

Janilma perguntou ao neto o que tinha ocorrido na escola, pois ele não sentia dores pela manhã. “Ele falou: ‘Vovó, a tia da creche machucou meu braço’”.

“Passei no médico e expliquei o que ele me disse. O médico passou remédio, ele tomou e fomos para casa. Já eram umas 21 horas”, contou Janilma.

Ao chegar em casa, o menino de 3 anos continuou chorando e sem movimentar o braço. Quando a mãe retornou do trabalho, levou o filho, junto com a avó, para a UPA Rodoviária, já por volta de meia-noite.

O médico de plantão solicitou um raio-X, que constatou a luxação. Janilma pediu para o profissional escrever uma carta, relatando, com detalhes, o que houve com o braço do menino.

Na quinta-feira (29), a mãe e a avó foram até a creche para falar com a diretora. Após apresentar o laudo do médico e o resultado do exame, Janilma pediu para ver as imagens das câmeras de monitoramento. A diretora disse que não poderia mostrar no momento, mas procuraria descobrir o que havia acontecido.

No dia seguinte, já sexta-feira (30), a diretora telefonou para a mãe do menino, que voltou à escola com Janilma. “Eles nos chamaram e ela (diretora) mostrou o vídeo. A gente viu muito claro. (É) nítido quando houve a agressão”.

“Quando eu vi o vídeo, olhei para eles e falei: ‘Gente, eu não estou bem’. Eu fiquei completamente gelada, como se a minha pressão tivesse caído. Fiquei mal. Cheguei em casa com a minha filha e não dormi direito. Chorei durante a noite, porque eu olhava para o meu neto e o imaginava sem eu estar por perto para proteger ele”, desabafou a avó.

Janilma informou que a professora foi demitida por justa causa. Mesmo assim, o menino não quer mais ir para a escola com medo da mulher que o maltratou. Conforme a avó, a diretora ofereceu suporte psicológico para a criança.

O que diz a prefeitura

A prefeitura de Guarujá divulgou uma nota em que confirmou que foram adotadas providências para proteger os direitos do aluno e garantir a segurança de todos os envolvidos.

“As imagens das câmeras de segurança da unidade foram analisadas e o caso foi registrado na Delegacia Sede de Guarujá, por orientação do Conselho Tutelar. Além disso, a funcionária em questão não integra mais o corpo docente da unidade”, destacou o comunicado.

Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.

Logo Forum