Conhecida há séculos por seu uso culinário em pratos asiáticos, a cúrcuma — ou açafrão-da-terra — vem despertando cada vez mais o interesse da ciência. Um estudo recente publicado na revista Nutrients, em abril, reuniu descobertas sobre os efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e neuroprotetores da raiz, com foco especial na curcumina, seu principal composto ativo.
Realizada por cientistas italianos, a pesquisa revisa mecanismos celulares e vias bioquímicas pelas quais a curcumina atua no corpo humano.
Te podría interesar
A curcumina faz parte do grupo dos polifenóis, pigmentos vegetais que protegem as plantas contra condições adversas como sol intenso e mudanças climáticas. No organismo humano, destaca-se por sua capacidade antioxidante: combate os radicais livres, moléculas instáveis que danificam células e aceleram o envelhecimento.
Além disso, o estudo destaca sua atuação anti-inflamatória, especialmente no sistema digestivo, ajudando a manter a integridade da barreira intestinal, impedindo que toxinas provoquem inflamações e complicações mais sérias.
Te podría interesar
Benefícios ao cérebro
Os pesquisadores também destacam a relação entre o intestino e o cérebro, conhecida como eixo intestino-cérebro. A curcumina, ao atuar nesse sistema, pode contribuir para a proteção contra doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, e minimizar impactos inflamatórios associados à obesidade.
Apesar de seus potenciais benefícios, a absorção da curcumina pelo corpo é baixa quando consumida via alimentos, sendo necessário, portanto, orientação nutricional além também de outras práticas como boa alimentação e exercícios.
Para aproveitar melhor a curcumina, o ideal é combiná-la com pimenta-do-reino, que é rica em piperina, o que aumenta sua biodisponibilidade. Outra possibilidade é prepará-la com alguma fonte de gordura, como azeite ou manteiga. Presente no curry, a mistura de cúrcuma com outras especiarias como gengibre, cravo e canela é uma forma tradicional de incorporá-la ao cardápio.