Este domingo, dia 4, é Dia Mundial do Câncer. A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) realiza a quarta edição da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pênis, que tem prevenção simples, é curável, mas, por desinformação, causou a morte de 4 mil pessoas, entre 2011 e 2021, e uma média de 600 amputações de pênis por ano.
“O Brasil está na relação dos países com maior incidência de câncer de pênis. E uma das razões para isso é a falta de informação da população da sua existência, do diagnóstico tardio e de que a grande maioria dos casos pode ser evitada com água e sabão e vacinação. O objetivo dessa campanha da SBU é levar ao maior número de pessoas possível as informações sobre como evitar e fazer o diagnóstico precoce do câncer de pênis”, destaca Dr. Luiz Otavio Torres, presidente da SBU.
O Código Latino-Americano e Caribenho contra o Câncer, elaborado com apoio da Agência Internacional para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial da Saúde (IARC/OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), informa que câncer de pênis é um tumor que pode ser evitado com bons hábitos de vida e higiene, potencializado pela vacina do HPV, mas quando diagnosticado tardiamente, o câncer de pênis pode acarretar amputação do órgão.
Sintomas e fatores de risco
O câncer de pênis é mais incidente em homens a partir dos 50 anos, mas também pode atingir os mais jovens. Geralmente a doença se manifesta por meio de sinais como:
- Ferida que não cicatriza;
- Secreção com forte odor;
- Espessamento ou mudança de cor na pele da glande (cabeça do pênis);
- Presença de nódulos na virilha.
Fatores de risco:
- Baixas condições socioeconômicas;
- Má higiene íntima;
- Fimose (estreitamento da pele que recobre o pênis);
- Infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano);
- Tabagismo.
Como se Prevenir
Apesar desses números preocupantes, o câncer de pênis é um tipo de tumor altamente prevenível por meio de ações como:
- Higiene diária adequada do pênis com água e sabão puxando o prepúcio;
- Lavagem da região íntima após as relações sexuais;
- Vacinação contra o HPV (disponível no SUS para a população de 9 a 14 anos e imunossuprimidos até os 45 anos);
- Postectomia (retirada do prepúcio) nos casos em que ele não permite a higienização correta;
- Uso de preservativo para evitar contaminação por ISTs como o HPV.
Mais informações no Portal da Sociedade Brasileira de Urologia.
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