A atenção da saúde pública e do Ministério da Saúde no momento é a dengue. São 555 mil casos de dengue, com 94 mortes confirmadas, segundo o Ministério da Saúde. Alguns estados decretaram calamidade pública.
Todos sabemos o que devemos fazer para combatê-la: evitar água parada em casa e nos nossos condomínios e cobrar da prefeitura o mesmo nos espaços públicos e casas e áreas desocupadas.
Mas a Covid ainda está atuante e fazendo vítimas.
O que é mais preocupante é que há governadores querendo dispensar a exigência de vacinação, o que é um crime contra a saúde pública. A imunização é inimiga do coronavírus e quem é contra as vacinas joga no time do vírus.
Somente neste ano de 2024 morreram 1127 brasileiros vitimados pela Covid. Compare com as 94 mortes por dengue e veja o tamanho do problema.
O negacionismo de alguns governadores é apenas uma das pontas — e grave — do problema. O comportamento da população é outro.
Embora tenhamos adquirido o hábito de usar máscaras no auge do pandemia, rapidamente esquecemos do motivo que nos leva a utilizá-la.
Se estamos gripados, por que não mais saímos às ruas de máscara para evitar que contaminemos os outros, sendo Covid ou não?
É raro ver alguém na rua com máscara e relativamente comum ver gente espirrando e/ou tossindo sem proteção nos espaços públicos, inclusive bancos, supermercados e até bares e restaurantes.
A pandemia não nos ensinou nada?
Com o fim da semana de Carnaval, os casos de Covid devem aumentar, segundo os especialistas, pela aglomeração das pessoas em blocos e bailes Brasil afora.
Muita gente parou de tomar vacina com a sensação errada de que a Covid acabou, o que está longe de ser verdade. A vacinação, além de prevenir e amenizar os sintomas da Covid ajuda a evitar a propagação do coronavírus que a causa.
Máscara quando estiver com sintomas de gripe e esquema de vacinação completo são fundamentais. E uma forma de respeito aos outros, especialmente aos mais vulneráveis: idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Logo teremos a volta às aulas, o que preocupa especialistas.
Com a mortalidade se concentrando mais entre os idosos e pessoas com comorbidades, é entre as crianças não vacinadas que se encontra uma das maiores taxas de hospitalização, aponta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri.
"(A Covid) Continua sendo um problema de saúde pública, mil mortes por mês, 800 mortes por mês. Nenhuma doença infecciosa faz tantas vítimas como a covid-19. É um avião por semana caindo", diz Kfouri. [Correio Braziliense]
Leia mais postagens e crônicas de Antonio Mello aqui na Fórum e no Blog do Mello.