Um estudo publicado no jornal Neurology na semana passada levantou novamente um debate sobre a eficácia do Viagra (Sildenafila) e do Cialis (Tadalafila) para a prevenção do Alzheimer.
O novo estudo mostrou que a taxa de incidência de Alzheimer em pacientes que usavam medicamentos para tratar a disfunção erétil foi menor do que entre pacientes que não utilizavam o medicamento.
Foram analisados os hábitos e a saúde 670.000 homens no Reino Unido. Os pesquisadores alegam ter isolado variáveis como consumo de álcool, comorbidades e, a partir de então, chegaram à uma conclusão diferente das apresentadas em outros estudos.
"Em uma análise acumulando o número total de prescrições emitidas, nossos resultados mostram que indivíduos que emitiram 21–50 ou mais de 50 prescrições foram associados a um risco reduzido de Alzheimer em comparação com não usuários. No entanto, nenhuma evidência de risco reduzido foi observada em indivíduos que receberam 20 ou menos prescrições em comparação com não usuários", afirma.
Ou seja, o estudo sugere que o uso contínuo dos medicamentos contra a impotência sexual podem ser a chave para esse tipo de tratamento ou futuros estudos.
Um estudo do grupo Dream do Instituto Nacional de Saúde dos EUA afirma que não existem correlações entre demência e uso desse tipo de medicamentos.
Por outro lado, em 2021, um estudo publicado na revista Nature Aging afirmou que o consumo contínuo de Viagra poderia reduzir em até 69% o risco de Alzheimer, tomando como base dados anonimizados de 7 milhões de pessoas nos EUA.
O Viagra também tem sido associado a uma redução da concentração da proteína beta-amiloide, relacionada ao desenvolvimento do Alzheimer.
Contudo, estudos clínicos randomizados e controlados com o uso do medicamento ainda precisam ser conduzidos pelos cientistas para que isso seja comprovado. Não tome Viagra sem indicação médica ou de maneira off label.