Uma mulher foi internada no Rio de Janeiro na última quinta-feira (17) após fazer uma aplicação do medicamento para emagrecer Ozempic, comprado numa farmácia da cidade. No entanto, o produto era falsificado e uma hora após receber a dose do fármaco pirata ela precisou ser encaminhada para atendimento médico.
De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que investiga o caso, o remédio pirata foi adquirido num estabelecimento farmacêutico após uma venda enganosa. A paciente já faz uso do Ozempic original há mais de um ano e nunca apresentou qualquer problema. No balcão da farmácia, a atendente disse à cliente que o produto em questão “ia mudar de marca” e que possivelmente iria ficar mais caro, e que se fosse ela “levaria quatro unidades para não ter problema quando o medicamento faltasse no estoque”.
Ainda segundo os investigadores, as canetas do Ozempic falso comprados pela mulher eram em um tom de azul mais escuro, diferentes das verdadeiras, que são claras. A falsificação incluía ainda um adesivo aparentemente original da famosa substância produzida pelo laboratório dinamarquês Novo Nordisk, detentora dos direitos comerciais da “semaglutida”, nome científico do Ozempic, que é seu nome fantasia.
Vários casos de venda de Ozempic falsificados já foram registrados no país de um ano para cá, o que fez com que o laboratório com sede na Dinamarca emitisse uma nota oficial alertando para os perigos de tais substâncias vendidas de maneira irregular, que na maior parte das vezes contém apenas insulina, uma enzima que se aplicada em alguém que não sofre de diabetes pode levar a casos graves de hipoglicemia.
Há dois meses, no País de Gales, no Reino Unido, uma paciente de 37 anos que usou uma caneta de Ozempic falsificado apresentou um caso gravíssimo de vômitos com sangue e precisou ser internada numa UTI. Jodi Jones, como foi identificada a vítima, contou às autoridades britânicas que comprou o produto fake de uma esteticista da cidade inglesa de Manchester, e que após a segunda dose passou a se sentir muito mal.