A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em esclarecimento enviado à Fórum após pedido de informações feito pela reportagem, informou que é seguro intercambiar genéricos com seu medicamento de referência durante tratamentos.
A diferença entre os medicamentos de referência e genéricos está na formulação exclusiva e patenteada pela empresa do primeiro, enquanto o remédio genérico é uma derivação, que utiliza o mesmo princípio ativo após a fórmula se tornar pública. Por lei, os genéricos precisam ser 35% mais baratos do que os medicamentos de referência.
A questão da troca de remédios durante o tratamento vinha gerando dúvidas por conta de matéria publicada pelo site R7 a partir de uma nota da Anvisa dando conta de que "medicamentos genéricos não podem ser considerados intercambiáveis com os similares, nem os genéricos podem ser intercambiáveis entre si, nem os similares podem ser considerados intercambiáveis entre si, porque eles não fizeram demonstração experimental".
A agência esclarece, contudo, que a informação reportada pelo R7 e reproduzida por outros sites, entre eles a Fórum, é equivocada, e que "todos os genéricos são intercambiáveis com os medicamentos de referência".
"O genérico passa por teste de intercambialidade em comparação com o medicamento de referência e por isso a intercambialidade entre genérico e referência está garantida. Dessa forma, o paciente com a prescrição de um medicamento de referência pode fazer uso do medicamento de referência ou de qualquer um dos genéricos disponíveis no mercado", diz a nota da Anvisa enviada à Fórum.
Segundo a agência, caso o paciente tenha a prescrição pelo nome genérico, é possível conduzir seu tratamento com qualquer genérico daquela substância ou com o medicamento de referência
"Os genéricos são considerados intercambiávies somente com o seu referência, pois essa é a informação verificada por meio do teste de intercambialidade. Mas isso não permite afirmar que o paciente deva usar sempre o mesmo genérico durante seu tratamento", finaliza a Anvisa.
Confira a íntegra da nota
"Houve um equívoco em informação inicial divulgada pela imprensa a partir de resposta enviadas para perguntas de uma reportagem. A Anvisa não afirmou ou recomendou que não se deve trocar o fabricante de medicamentos genéricos e similares durante tratamentos.
Em resposta encaminhada ao veículo de notícia, foi informado que todos os genéricos são intercambiáveis com os medicamentos de referência. Assim qualquer medicamento genérico disponível no mercado pode ser utilizado para substituir o produto de referência, sem qualquer intercorrência.
O genérico passa por teste de intercambialidade em comparação com o medicamento de referência e por isso a intercambialidade entre genérico e referência está garantida.
Dessa forma, o paciente com a prescrição de um medicamento de referência pode fazer uso do medicamento de referência ou de qualquer um dos genéricos disponíveis no mercado.
Caso o paciente tenha a prescrição pelo nome genérico, é possível conduzir seu tratamento com qualquer genérico daquela substância ou com o medicamento de referência.
Os genéricos são considerados intercambiávies somente com o seu referência, pois essa é a informação verificada por meio do teste de intercambialidade. Mas isso não permite afirmar que o paciente deva usar sempre o mesmo genérico durante seu tratamento".