Nesta quarta-feira (9), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou o pedido de incorporação da vacina Qdenga, contra dengue, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A solicitação foi feita pelo laboratório japonês Takeda Pharma e é analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) do Ministério da Saúde.
A informação foi confirmada durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. “O Ministério da Saúde tem mantido diálogo com a empresa Takeda, que também colabora com a Hemobrás [Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia] para o Fator 8 contra a hemofilia. Essa empresa está em diálogo conosco. Entrou agora, no dia 2 de agosto, com a solicitação formal de sua incorporação”, disse Nísia.
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A partir de agora, a Conitec tem 180 dias, prorrogáveis por mais 90, para realizar a avaliação da vacina, que considera fatores como eficácia, acurácia, efetividade e segurança da vacina. Outra questão importante é a comparação entre os benefícios do novo produto e os custos de tecnologias já existentes.
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Em março desde ano, a Anvisa aprovou o imunizante, que ficou disponível no mercado privado de vacinas. Ele pode ser aplicado em crianças a partir de 4 anos até adultos com 60 anos.
“A dengue é um problema de saúde pública no Brasil que acompanho, pela minha trajetória na Fiocruz [Fundação Oswaldo Cruz], há 40 anos, junto aos melhores especialistas. Sabemos que tem causas ambientais profundas e, com a mudança climática, tem se agravado no nosso país. Novas vacinas são fundamentais, mas, junto com elas, tecnologias de controle dos vetores, entre outras ações”, declarou a ministra.
Sobre a vacina
A Qdenga é administrada via subcutânea em duas doses com intervalo de três meses. Sua eficácia, para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos (sem infecção anterior pelo vírus) foi de 66,2%. Para soropositivos, foi de 76,1%.