FAUSTO SILVA

Faustão: Brasil tem 386 pessoas na fila de espera para transplante de coração

Ordem é cronológica, mas critérios como gravidade e compatibilidade também são considerados

Quadro do apresentador Faustão pode ser prioridade.Créditos: Reprodução/TV Globo
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Brasil recebeu, neste domingo (20), a notícia de que o apresentador Fausto Silva, internado desde o dia 5 de agosto, piorou seu quadro de insuficiência cardíaca e agora precisará se submeter a um transplante de coração. Faustão, como é conhecido, é uma das 386 pessoas que aguardam pelo procedimento na fila do Sistema Único de Saúde (SUS).

A insuficiência cardíaca acontece quando o coração diminui ou perde sua função de bombear sangue. Essa situação pode ter várias causas, como doenças valvares e cardiomiopatias. O transplante de coração só ocorre em última situação, quando os medicamentos já não fazem mais efeito.

O Brasil é referência no procedimento, pois oferece o maior programa público de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério da Saúde. 

No entanto, a fila para receber o tratamento é grande. São 65 mil pessoas esperando transplantes no geral; 386 para o de coração. O tempo de espera pode chagar a 18 meses.

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O órgão mais esperado para transplante é o rim (36.690), seguido da córnea (25.689) e em terceiro lugar o fígado (2.253). O coração está em 5° lugar.

Os estados com mais pessoas na fila de transplante são São Paulo (23.671), Minas Gerais (7.096) e Rio de Janeiro (6.138).

Até o dia 16 de agosto, foram realizados 244 transplantes de coração.

Critérios de urgência

A fila, organizada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que exerce a função de monitorar o processo de doação e transplante, leva em consideração critérios como tempo de espera e urgência do procedimento, compatibilidade sanguínea entre doador e receptor e a localização, pois é preciso levar em conta o tempo de duração do órgão fora do corpo. 

No caso de transplantes cardíacos, os pacientes que precisam de assistência circulatória (equipamentos que cumpram a função do coração ou de suas partes para sobreviver) também têm prioridade