Sean Tobin, um lutador amador de 20 anos de idade, costumava fumar excessivamente cigarros eletrônicos desde os 15 anos, em 2018, e descobriu recentemente que seu pulmão sofreu consequências graves por conta do hábito.
Tobin conta que usava “vapes” e “pods” todos os dias desde que os experimentou pela primeira vez. Ele só fazia pausa de uso no momento em que adormecia. No último dia 20 de julho, o jovem britânico sentiu uma dor muito intensa em suas costas e precisou ir ao pronto-socorro.
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Os médicos identificaram que a dor era decorrente de um colapso pulmonar e o atleta precisou passar por uma cirurgia de emergência para retirar uma parte de seu pulmão.
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Através da utilização de micro câmeras, foi possível visualizar a situação do órgão respiratório de Sean, que o surpreendeu, uma vez que ele acreditava, inicialmente, que a dor se tratava apenas de uma distensão muscular.
Veja:
As diversas manchas escuras presentes no pulmão de Tobin são características de quando a pessoa ingeriu ou inalou muitos gases e substâncias tóxicas. Elas estão diretamente relacionadas ao uso frequente de cigarro e com o câncer pulmonar.
“O vape me levou à experiência mais dolorosa da minha vida. Passei dois anos precisando de ajuda para conseguir respirar e tenho, até hoje, um tubo no meu peito para impedir que meu pulmão volte a colapsar”, conta ele, no Facebook.
Por ser fisicamente ativo e treinar constantemente durante a semana, de 3 a 4 dias, Sean pensava estar com uma boa saúde e não desconfiava de sua real condição.
“Pensava que nunca algo assim aconteceria comigo, pois sempre fui saudável. Podia ser com qualquer um, a única forma de evitar é deixar o vape”, disse ele.
Popularização do cigarro eletrônico entre adolescentes
Embora a comercialização e a importação de cigarros eletrônicos seja proibida pela Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 46/2009, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os vapes e pods são produtos muito consumidos entre jovens e adolescentes.
Além de afetar a formação saudável no período de desenvolvimento, a utilização do cigarro eletrônico também implica no vício em nicotina e o consumo constante pode resultar em diversos tipos de câncer, como no pulmão, esôfago, estômago e bexiga, além de doenças cardiovasculares.
A Anvisa aprovou em julho de 2022, com unanimidade, a proibição da utilização de cigarros eletrônicos no Brasil. Além disso, a instituição foi favorável a campanhas educativas para reduzir a oferta e demanda do produto e combater a dependência química.
Mesmo assim, ainda é comum o uso de cigarros eletrônicos. De acordo com o relatório da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério de Saúde, divulgado em maio de 2022, 1 a cada 5 jovens entre 18 e 24 anos faz uso do cigarro eletrônico.