VISÃO INFANTIL

Os riscos que as crianças correm com uso excessivo de telas, segundo pediatras

Estrabismo e miopia estão correlacionados com o excesso de exposição às telas

Mais de 82% das crianças brasileiras acessam a internet.Créditos: Pixabay
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No cenário tecnológico em que vivemos, é quase impossível imaginar uma realidade em que o uso frequente de telas de celulares, computadores e tablets não consuma boa parte do nosso dia. Porém, não são apenas os adultos que utilizam destes aparelhos frequentemente – de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, sobre o módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC de 2021, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 82% das crianças entre 10 a 13 anos utilizaram a internet no período de até 3 meses antecedendo a pesquisa. Esse percentual aumenta consideravelmente ao longo dos anos: em 2016, não passava de 66,1% de pessoas nessa faixa etária utilizando a internet. 

A luz dessas telas emite uma quantidade pequena de radiação ultravioleta, que pode afetar a pele, como também pode prejudicar a visão se esses eletrônicos forem usados em excesso.

A fim de analisar os efeitos causados pela utilização de PCs,  smartphones e tablets em crianças, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desenvolveu um estudo chamado “Uso de telas e a repercussão sobre a visão” para identificar de que forma essas consequências aparecem. 

Estudo com indivíduos de 10 a 12 anos observou que os diagnosticados com olho seco usavam smartphones o dobro de tempo em comparação com crianças sem sintomas, demonstra o documento.

Outro apontamento do estudo é a correlação do estrabismo e da miopia com o excesso de tempo em frente às telas, podendo melhorar consideravelmente a qualidade da visão das crianças se o tempo de uso for limitado. Mesmo assim, em muitos casos ainda é necessário algum tratamento.

Acredita-se que essa “epidemia“ de miopia seja impulsionada pela exposição aos fatores de risco ambientais crescentes nas sociedades urbanizadas e desenvolvidas, com dois grandes riscos de particular preocupação: tempo insuficiente gasto ao ar livre e mais tempo envolvido na chamada visão de perto, principalmente no uso de telas, revela o estudo. 

Além disso, o artigo menciona algumas medidas a serem tomadas para os usuários de telas, que auxiliam na manutenção e preservação da visão: lubrificar os olhos, piscar frequentemente, manter a distância de um braço e posicionar o aparelho eletrônico de forma indireta aos olhos, além de ajustar o brilho da tela para não criar reflexo, são algumas alternativas para evitar que as crianças desenvolvam alguma complicação em suas vistas, causada pela exposição excessiva à luz das telas.