Entre as centenas de plantas medicinais, algumas se tornam muito populares, mas depois, inexplicavelmente, deixam de fazer parte do rol das mais utilizadas. Um exemplo é a Rauwolfia, que teve seu auge em meados do século XX.
Esta erva curativa foi batizada com o nome do médico alemão Leonhard Rauwolf, que pesquisou várias plantas durante sua viagem pela Índia.
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O nome científico é Rauwolfia Serpentina e integra a família Apocynaceae. Trata-se de um arbusto, que pode atingir 1,5 metro de altura, com folhas longas e finas verde-escuras, além de flores pequenas de cor branca ou rosa, além de pequenos frutos redondos.
Porém, grande parte de suas propriedades curativas está em suas raízes.
Rauwolfia é nativa da Índia, onde durante séculos foi utilizada na medicina popular para tratar uma imensa variedade de doenças. Contém, em sua propriedade, inumeros fitoquímicos diferentes, incluindo álcoois, açúcares e glicosídeos, ácidos graxos, flavonóides, fitoesteróis, oleorresinas, esteróides, taninos e alcalóides, de onde vêm suas propriedades medicinais.
A planta é utilizada, inclusive, para tratar doenças mentais, como esquizofrenia e transtorno bipolar, da mesma forma que combate as convulções causadas pela epilepsia.
É usada, ainda, para tratar insônia e ansiedade. Também pode ser receitada para tratamentos de autismo, no combate a dependências, como alcoolismo e toxicodependência, segundo consta na Biblioteca Nacional de Medicina (NLM, sigla em inglês), do governo dos Estados Unidos, que destaca sua eficácia, principalmente, contra a hipertensão.
Informações apontam sua eficiência contra dores de cabeça e angina, especialmente em pacientes com doença arterial coronariana.
O início da popularidade da Rauwolfia foi na década de 1950 em todo o mundo. Contudo, caiu em desgraça quando foi associada ao câncer como efeito colateral. O fato foi desmentido algum tempo depois. Porém, a erva não conseguiu recuperar sua fama.
Contraindicações e efeitos colaterais
Apesar de uma série de propriedades benéficas, a Rauwolfia, assim, como outras plantas medicinais, apresenta alguns efeitos colaterais e contraindicações:
Segundo a NLM, o efeito colateral mais comum é a congestão nasal. Porém, nos casos em que sua utilização é prolongada, pode causar depressão. Já em situações em que são usadas doses muito altas, podem ocorrer sintomas semelhantes aos de Parkinson.
A recomendação é a não ingestão em crianças, pois pode provocar náuseas, vômitos, hipotensão, sedação e até coma. É importante mencionar que a Rauwolfia pode causar interações com outras drogas.
A NLM relata, ainda, efeitos como letargia, cólicas abdominais, ulceração gástrica, pesadelos, bradicardia, sintomas similares à angina, broncoespasmo, erupção cutânea, prurido, galactorreia, aumento das mamas, disfunção sexual e psicose. Reações alérgicas à Rauwolfia são raras.
Enfim, independentemente do tipo de planta medicinal usada e se provoca ou não efeitos colaterais, o ideal é a pessoa visitar o médico e verificar se é conveniente utilizá-la.