Jean Luc-Godard, cineasta franco-suíço, morto nesta terça-feira (13), aos 91 anos, recorreu ao suicídio assistido na Suíça, de acordo com informações do jornal francês Libération.
O veículo mencionou fontes próximas a Godard. “Ele não estava doente, estava simplesmente exausto. Essa foi a sua decisão e era importante para ele que ela fosse conhecida”, declarou uma pessoa ligada aos familiares do diretor.
O suicídio assistido é permitido na Suíça e consiste em dar fim à própria vida, geralmente por meio da ingestão de medicamentos letais, com acompanhamento médico.
As práticas polêmicas do suicídio assistido e da eutanásia
Há muita controvérsia e confusão sobre as práticas do suicídio assistido e da eutanásia. Ambas não são aceitas em muitos países, inclusive no Brasil, são semelhantes, mas guardam diferença.
O suicídio assistido é normalmente realizado por pacientes em casos de doença terminal, nos quais a pessoa não tem mais qualidade de vida e sente dores insuportáveis.
O suicídio assistido também pode ser utilizado em situações nas quais o paciente é diagnosticado por vários médicos como “desenganado”, com previsão de menos de seis meses de vida.
Para realizar o procedimento, o paciente deve estar completamente consciente. Algum parente próximo ou pessoa de confiança dá ao indivíduo um medicamento em doses altíssimas ou droga fatal. É o paciente que coloca fim à própria vida.
Mesmo sendo semelhante ao suicídio assistido, a eutanásia se diferencia em relação ao seu agente. Quem põe fim à vida, neste caso, é outra pessoa e não o próprio paciente. O objetivo também é finalizar o sofrimento.
Há, ainda, uma modalidade chamada eutanásia passiva ou ortotanásia. A prática suspende os procedimentos que estão mantendo a vida de doentes terminais. O método mais usado é o desligamento de aparelhos.