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Formandos em medicina da UFRJ compartilham foto com a toalha do Lula e ex-presidente os parabeniza

A foto viralizou nas redes e surpreendeu os estudantes com a repercussão que gerou; a categoria de médicos é uma das mais divididas entre lulistas e bolsonaristas

Formandos em medicina da UFRJ compartilham foto com a toalha do Lula e ex-presidente os parabeniza.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Uma turma de formandos em medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) postou na tarde deste domingo (31) uma foto onde aparecem segurando a toalha do Lula. Na legenda das fotos os futuros profissionais da saúde escreveram: "os próximos médicos da UFRJ estão com Lula".

Não demorou muito e as fotos viralizaram nas redes e chegaram até o ex-presidente Lula (PT), que a compartilhou em suas redes e ainda os felicitou. “Parabéns aos formandos. Desejo uma boa carreira melhorando nossa saúde pública. Um abraço”, escreveu o candidato do PT à presidência da República. 

A categoria de médicos é uma das mais divididas entre lulistas e bolsonaristas. A rejeição de parte dos médicos com o PT e seus governos federais começou quando durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (2010-16) foi instituído o programa Mais Médicos, que trouxe profissionais da saúde de vários países para trabalharem em regiões carentes de médicos.  

Além disso, o Conselho Federal Medicina (CFM) nos últimos anos tem se alinhado ao governo Bolsonaro. Na última quarta-feira (31) o CFM recebeu o presidente Bolsonaro que, durante a sua fala voltou ridicularizar a pandemia e a defender medicações ineficazes contra a Covid. Após discursar, o mandatário foi aplaudido.  

No entanto, a cena grotesca no CFM não ficou sem resposta de uma parcela da categoria de médicos que não concorda com a atual direção do Conselho e lançaram um manifesto intitulado "Este Conselho Federal de Medicina não nos representa". 

"Incrédulos e envergonhados, tomamos conhecimento da solenidade ocorrida em 27 de julho de 2022, na sede do CFM, na qual o presidente da República, acompanhado do ministro de estado da Saúde (graduado em medicina), explicitamente e diante de dezenas de médicos ridicularizou a pandemia e desprezou todos os que com ela perderam a vida (inclusive muito médicos e profissionais de saúde), criticou as normas éticas e valores científicos da medicina e chegou ao cúmulo de se vangloriar de não ter sido vacinado contra Covid-19 e estar vivo. Isso feito, sem que fosse interrompido ou questionado, em pleno século XXI, por sequer um dos médicos ali presentes", diz parte do texto do manifesto lançado por médicos.