A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou, nesta quinta-feira (26), reajuste de 15,5% nos valores dos planos de saúde individuais ou familiares. Trata-se do maior aumento desde 2000.
A decisão deve ser publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (27).
O reajuste será aplicado aos planos médico-hospitalares que fizerem aniversário entre maio de 2022 e abril de 2023, e que foram contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à nova legislação (Lei nº 9.656/98).
A ANS informou que usou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) descontado o subitem Plano de Saúde.
"O cálculo é baseado na diferença das despesas assistenciais por beneficiário dos planos de saúde individuais de um ano para o outro. Dessa forma, o índice de 2022 resulta da variação das despesas assistenciais ocorridas em 2021 em comparação com as despesas assistenciais de 2020", diz a agência em nota, tentando justificar o aumento.
Beneficiários devem ficar atentos aos boletos de pagamento
Os usuários devem ficar atentos aos boletos de pagamento e observar se o percentual aplicado é igual ou inferior ao definido pela ANS (15,5%). Além disso, é preciso observar se a cobrança com o índice de reajuste está sendo feita a partir do mês de aniversário do contrato, que é o mês em que o vínculo foi firmado.
No Brasil, há cerca de 49,1 milhões de beneficiários com planos de assistência médica, segundo informações referentes a março de 2022.