Uma médica que usou o Twitter para xingar pacientes, foi afastada do cargo que exercia em uma UPA 24 horas pela prefeitura de Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
Por meio de uma nota, a prefeitura de Tamandaré lamentou o fato e afirmou que a conduta dela como profissional não condiz com as suas publicações. "Segundo os colegas, ela sempre atendou todos os pacientes com muito respeito e simpatia, sem reclamações por parte da população. Não tínhamos conhecimento destas publicações até o momento", diz a nota.
A gestão municipal também informa que a profissional é contratada por meio de uma empresa terceirizada e que ela dava plantão às terças-feiras na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Almirante Tamandaré.
"Devido ao fato, [a médica] está suspensa das atividades de atendimento na UPA 24h deste município, até que tudo seja esclarecido. Se comprovada conduta irresponsável, que fere os princípios do exercício da profissão, a mesma será desligada da equipe de plantonistas".
Ofensas viralizaram nas redes
Em uma das publicações, a médica que afirma que "tem que ser muito filho de uma put* para 1 hora da manhã no pronto socorro por conta de infecção urinária, viu. Não tem outra expressão para descrever", escreveu a profissional.
As mulheres gestantes também foram alvos de ofensas da médica. "Caralh*, as gestantes são tudo referenciadas de maternidade, porta aberta e vem pra UPA quando começa a parir. Puta que o pari*, mulher, me deixa em paz".
Outro paciente é vítima de deboche. "Hoje o paciente virou para mim e disse 'o meu problema é que eu tenho 2 amígdalas'. Amígdalas is the new 'eu tenho tireoide'".
CRM abre sindicância contra médica
O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) abriu sindicância nesta segunda-feira (23) para apurar a conduta da médica. Segundo o órgão, a sindicância foi aberta a partir de denúncias sobre "comentários desrespeitosos, com pacientes e aos princípios que regem a atividade".
Em nota, o CRM-PR declarou que a sindicância corre sob sigilo e que profissional terá o "direito de ampla defesa e contraditório". Caso seja condenada, a profissional pode ser punida com advertência ou até mesmo a perda de licença para trabalhar com médica.