GORDURA ABDOMINAL

Barrigão de chopp pode matar; saiba por que aqui

Aprenda também a calcular a relação cintura-quadril e veja se você está na área de risco

Gordura abdominal.Créditos: iStock
Escrito en SAÚDE el

O barrigão de chopp, tratado como piada, sobretudo por homens, não é nem de longe algo inofensivo. Além de esteticamente duvidosa, a gordura abdominal provoca doenças cardiovasculares e aumenta o risco de morte súbita.

A revelação, divulgada pelo insuspeito Dr. Dráuzio Varella, é de um estudo feito por pesquisadores americanos e publicado no periódico americano Heart, que publica estudos científicos sobre cardiologia.

A morte súbita, explica ele, é caracterizada como a cessação da atividade cardíaca, em geral causada por taquicardia ventricular e fibrilação ventricular prolongadas. Na maioria das vezes, quem sofre de morte súbita já tinha alguma doença cardíaca, diagnosticada ou não.

A morte súbita é responsável por metade das mortes relacionadas a problemas cardíacos, de acordo com dados disponíveis.

O estudo

O estudo acompanhou 14.941 homens e mulheres, cuja idade média era de 54 anos, durante quase 13 anos. Os participantes realizaram exames de saúde detalhados em cinco ocasiões durante o estudo, e houve 253 mortes súbitas no período.

De acordo com o resultado do estudo, os que tinham a relação cintura-quadril mais alta tinham mais que o dobro de risco de morte súbita, comparados com aqueles cuja relação estava dentro da faixa tida como ideal.

Para calcular a relação é preciso medir a cintura e o quadril com uma fita métrica, depois dividir a medida da circunferência da cintura pela medida da circunferência do quadril, ambas em centímetros. O resultado não deve ser superior a 0,85 cm para as mulheres e a 0,90 cm para os homens.

Os pesquisadores afirmam que os mecanismos pelos quais o risco aumenta com a gordura abdominal ocorre ainda não estão totalmente claros, mas apontam que ela produz mais substâncias inflamatórias, portanto, causa mais danos cardíacos que a gordura acumulada em outras regiões.

Com informações do blog de Drauzio Varella