Com o objetivo de homenagear a cantora Paulinha Abelha, a banda Calcinha Preta decidiu mudar a logomarca do grupo. A vocalista, de 43 anos, morreu no dia 23 de fevereiro, depois de ter sido internada com problemas renais, que a deixaram no estágio mais avançado do coma.
“Como homenagem, decidimos agregar o desenho da abelhinha à marca da Calcinha Preta, num gesto de respeito, amizade, reconhecimento e saudade. Paulinha seguirá com a gente, prometemos levá-la a todos os lugares que ela sempre almejou estar e pra sempre amá-la!”, postou o perfil da banda no Instagram.
Outro trecho da publicação diz: “Uma alegria contagiante, um brilho infinito, talento único. Paulinha foi puro amor. Nossa abelhinha doou muito de si pra Calcinha Preta se tornar o que é hoje. Ela entregou o que tinha de melhor pra gente: seu dom, sua espontaneidade, sua beleza... Nos presenteou com sua voz e sua energia vibrante, permitindo que a banda se consolidasse nessa mesma sintonia”.
“A alma da banda Calcinha Preta tem muito de Paulinha Abelha e isso é pra sempre. Sua partida deixa uma ferida nos nossos corações, mas não apaga sua história. Seu lugar vai continuar aqui, pois não há nada nem ninguém que possa preenchê-lo”, acrescentou a mensagem.
Síndrome toxicometabóloca
Paulinha morreu em decorrência de um comprometimento multissistêmico que provocou morte encefálica. A artista estava internada desde o dia 11 de fevereiro em Aracaju (SE), após apresentar problemas renais. Paulinha Abelha estava em estágio de coma profundo.
Médicos que atendiam a artista confirmaram na terça-feira (22) que Paulinha estava na escala mais grave de um coma, chamada de Glasgow 3. Para se ter ideia, uma pessoa saudável apresenta a escala Glasgow 15.
Os médicos usaram o termo “síndrome tóxicometabólica” para definir o caso da vocalista. Segundo a equipe, alguma substância que circula no corpo da paciente estava causando inflamações ou lesões nos órgãos.
“Quando se fala em quadro de síndrome tóxicometabólica é porque tem alguma substância circulando no corpo da paciente que deve estar gerando uma cascata de lesões nos órgãos. Qualquer substância – seja prescrita ou não -, medicamento é droga. Mas quando Paula o fez foi de caráter supervisionado. A gente trabalha, sim, com a possibilidade de alguma intoxicação de medicamentos, existem exames em andamento, iremos confirmar ou negar. Nesse momento essa resposta nós não temos”, declarou a equipe médica.
A equipe médica ainda desmentiu a informação, a princípio divulgada pela equipe de Paulinha, de que ela tivesse bactéria no cérebro, quadro conhecido como meningite. "Essa informação é fake. Ela tem uma encefalopatia severa, que é um dano renal, tem um dano hepático e por último um dano cerebral. O tratamento vem sido dado no intuito de diminuir, regredir ou compensar as diversas disfunções que ela tem pra ver se existe possibilidade de fazer a compensação do dano neurológico", disse um dos profissionais de saúde.