A assessoria da cantora Anitta informou, nesta quarta-feira (7), que a artista foi internada novamente em São Paulo. Com isso, sua participação na Farofa da Gkay foi cancelada. No dia 1 de dezembro, ela já havia dado entrada no Hospital Albert Einstein.
Em nenhum dos casos foi divulgada a razão das internações, o que começa a preocupar os fãs.
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Anitta revelou, no sábado (3), que foi diagnosticada, há poucos meses, com o vírus Epstein-Barr, conhecido como causador da mononucleose infecciosa, também conhecida como “doença do beijo”. Porém, não é possível relacionar este quadro com as últimas internações da artista.
Ela contou sua experiência durante o lançamento do documentário “Eu”, produzido pela atriz Ludmilla Dayer, que aborda sua luta contra a esclerose múltipla, doença que também pode ser causada pelo vírus Epstein-Barr.
“A mononucleose é frequente na prática médica. A infecciosa é causada por um vírus da família do herpes vírus tipo 4, chamado de EBV Epstein-Barr. É muito comum, principalmente quando o indivíduo entra na adolescência ou na primeira idade, entre 4 e 6 anos, porque tem transmissão pela saliva. Este vírus, como todo herpes, faz latência, fica dormente por muito tempo”, explicou o infectologista Marcos Caseiro.
Ele contou que, basicamente, a mononucleose é uma doença infecciosa que apresenta, normalmente, febre baixa; dor de garganta, semelhante a uma amidalite; e pode ter outros sintomas, como aumento do fígado e do baço, além de gânglios na região cervical ou axilar, por exemplo.
“Geralmente, não é preocupante. Estudos indicam que de 60 a 90% da população adulta já tiveram contato com esse vírus, sem, necessariamente, ter tido manifestação clínica”, citou.
Caseiro relatou, ainda, que não há tratamento específico, a não ser repouso, hidratação, evitar atividades físicas vigorosas, justamente pela chance de aumento do baço ou do fígado.
Em relação à possibilidade de que o vírus Epstein-Barr também possa provocar esclerose múltipla, o médico afirmou que há vários trabalhos nesse sentido. Lembrando que, apesar da possível relação com o vírus, não são todas as pessoas que o contraem que irão desenvolver a esclerose múltipla.
O médico mencionou um estudo, desenvolvido por cientistas da Universidade de Harvard (EUA), divulgado em janeiro de 2022, que forneceu a evidência mais forte sobre essa associação. A pesquisa foi feita com mais de 10 milhões de militares e mostrou que praticamente todos os casos de esclerose aconteceram após uma infecção pelo vírus.
“Este estudo foi publicado em várias revistas especializadas e mostrou um aumento de até 32% de risco. Trata-se de um trabalho bem feito. É indiscutível que talvez Epstein-Barr funcione como gatilho. Essa é a base de todas as doenças. Você tem que ter um gatilho, que é a infecção, mas tem que ter, também, uma predisposição. Então, pode ser que o vírus funcione como um gatilho naquelas pessoas que têm uma predisposição genética a desenvolver esclerose múltipla”, acrescentou o infectologista.
Quais os impactos da esclerose múltipla
A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica, que faz as próprias células de defesa do indivíduo atacarem seu sistema nervoso central. É considerada uma doença autoimune, capaz de prejudicar não só os movimentos do paciente, mas também sua visão, fala e audição, provocando lesões cerebrais e medulares.