O apresentador Jô Soares morreu aos 84 anos em São Paulo no último dia 5 de agosto, gerando uma enorme comoção nacional, mas foi só nesta quinta-feira (22) que a imprensa teve acesso à certidão de óbito do astro, que revelou oficialmente as causas da morte. Jô já não andava bem de saúde à época e após alguns dias internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, veio a falecer por insuficiência renal e cardíaca, estenose aórtica e fibrilação atrial. Mas afinal de contas, o que são esses quadros?
As insuficiências renal e cardíaca, pelo próprio nome, são mais fáceis para um leigo entender. Tratam-se dos pontos em que o coração e os rins de um paciente param de funcionar e exercer suas funções no equilíbrio do corpo humano.
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No caso do coração, a insuficiência ocorre quando não está bombeando sangue corretamente para atender ao corpo, podendo causar em alguns caos o acúmulo de líquidos nas pernas ou mesmo pulmões, antes das perigosas paradas cardíacas.
Já no caso da insuficiência renal, há duas classificações: aguda, quando ocorre de forma repentina, ou crônica, quando a perda das funções do órgão é lenta e muitas vezes irreversível. Os rins têm a função de filtrar o sangue e jogar fora as toxinas filtradas por meio da urina. Qual foi o caso de Jô? Não sabemos.
A estenose aórtica, por sua vez, trata-se do estreitamento da válvula aórtica – que controla a saída de sangue do ventrículo esquerda do coração, como se fosse uma porta. A consequência dela é o bloqueio da circulação sanguínea em direção à artéria aorta, uma das principais do corpo humano. A condição é mais comum de se desenvolver a partir dos 60 anos e ser sintomática a partir dos 70. A principal causa é o acúmulo de cálcio nas cúspides valvares, ou seja, as paredes da válvula aórtica.
Já a fibrilação atrial é quando as câmaras superiores do coração, chamadas de átrios, não mantém o movimento de contração sincronizado mas, ao contrário, apresentam tremedeiras ou fibrilação. Em outras palavras, batem de maneira irregular e intensa. E é essa intensidade e irregularidade muito fora do comum, e detectadas de forma crônica, que a diferenciam da chamada arritmia cardíaca. No caso de Jô Soares, a provável causa da fibrilação atrial teria sido a sua obesidade.
*Com informações do Manual MSD (Saúde para a Família) e Medtronic.