Após culpar as mulheres pelo desabamento ocorrido na última terça (1°) numa obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolonaro (PSL-SP) resolveu debochar de um garoto com fobia de agulha (aicmofobia) que foi se vacinar.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) postou em sua conta do Twitter, nesta segunda-feira (7), um vídeo de um rapaz com a camiseta escrito “Ele Não” apavorado ao tomar a vacina contra o coronavírus.
Na legenda, o deputado comentou: “as vezes me perguntam o que eu penso quando me atacam no Twitter…”, seguido de um emoji com gargalhadas.
‘Culpa das mulheres’
Eduardo Bolsonaro fez um tuíte na semana passada, que teve grande repercussão negativa, culpando as mulheres pelo desabamento ocorrido na última terça (1°) numa obra da Linha-6 Laranja do Metrô de São Paulo.
“Procuro sempre contratar mulheres”, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor. Escolha sempre o melhor profissional, independente da sua cor, sexo, etnia e etc”, escreveu o filho 03 de Bolsonaro, sempre tergiversando e tentando disfarçar o discurso de ódio típico do clã político.
Aicmofobia
O pavor por agulhas é conhecido no meio médico como aicmofobia. Os objetos fóbicos capazes de causar gatilhos de pânico são as agulhas e demais ferramentas pontiagudas. O problema tem sido bastante discutido ultimamente por conta da vacinação do coronavírus.
Os casos de pessoas que passam mal no momento de receber a dose do imunizante tem sido recorrente. Alguns desses momentos, inclusive, viralizaram nas redes sociais, com vídeos de pacientes que desmaiaram ou vomitaram em razão do medo. Mas, o que os especialistas alertam é: não é frescura.
“Muitos medos podem parecer banais e sem valor. Mas, para algumas pessoas, os medos ganham status de sofrimento e se caracterizam como fobias, impactando vários aspectos na vida da pessoa. É preciso valorizar e reconhecer quando algo está acima do próprio controle e que causa impactos negativos para aquela pessoa”, afirma para o Estado de Minas Katiúscia Caminhas Nunes, psicóloga do Hospital Felício Rocho.