Al Capone: Sérgio Moro vira piada nas redes após suspeita de sonegação

Ex-juiz recebeu mais de R$ 800 mil através de CNPJ "dublê"; o assunto foi parar entre os mais comentados com o nome do famoso mafioso americano, pego por sonegação

O ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Marcos Oliveira/Agência Senado)Créditos: Marcos Oliveira/Agência Senado
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O ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ganhou outra suspeição, desta vez por sonegação de tributos e, por conta disso, foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter com a hashtag Al Capone.

O caso de Moro ganhou similaridade com o famoso mafioso americano após o presidenciável divulgar uma nota fiscal de sua empresa referente a um serviço de consultoria prestado ao escritório Alvarez & Marsal.

A empresa que aparece na nota fiscal emitida por Moro, que pagou por seus serviços “referentes ao mês de fevereiro de 2021” a bagatela de R$ 811.980, é identificada como Alvarez & Marsal Consultoria em Engenharia Ltda, com CNPJ 28.092.933/0001-75. No entanto, a empresa alvo das investigações sobre a relação suspeita com o ex-juiz é Alvarez & Marsal Disputas e Investigações, cujo CNPJ é 38.235.111/0001-50. A própria firma admitiu em informes encaminhados à imprensa e ao TCU que a pagadora dos valores era a “Disputas e Investigações”.

Lavagem ou ocultação?

Para o advogado que é coordenador do Grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, um procedimento como esse realizado entre a Alvarez & Marsal e Sergio Moro pode ter como objetivo ocultar recursos e maquiar valores operados pelas duas partes, ainda que isso tenha que ser investigado de forma clara e imparcial, diferentemente da maneira como o ex-juiz agia durante a Lava Jato com os acusados:

“Um sistema como esse pode ser sim uma tentativa de ocultar a verdadeira origem de determinados e específicos recursos. É importante dizer que, pela régua do próprio Sergio Moro, frente aos dados que foram veiculados, os indícios já seriam suficientes para justificar medidas como busca e apreensão, bloqueio de bens e eventualmente até mesmo uma prisão preventiva. Eis a grande ironia: se o ex-juiz Sergio Moro fosse julgado com a mesma régua com que julgou os réus dos processos que estavam sob sua responsabilidade, o seu destino hoje poderia ser dramático”, disse o coordenador do Grupo Prerrogativas.

Veja alguns tuítes abaixo:

https://twitter.com/TitiaHannah/status/1489970995213615104
https://twitter.com/Leloeller/status/1489998423277416456
https://twitter.com/Ka_Ra_K/status/1489961762912980994
https://twitter.com/AfonsoFlorence/status/1489721152155095044
https://twitter.com/candidopdneto/status/1489912607964377088

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