Médico bolsonarista chora em vídeo antes de ser preso por assédio no Egito; veja aqui

Na última semana, Victor Sorrentino publicou nas redes sociais um vídeo fazendo “piada” misógina e assediando uma mulher muçulmana

Foto: Reprodução
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O médico bolsonarista Victor Sorrentino, que assediou uma vendedora muçulmana, gravou vídeo pouco antes de ser preso, neste domingo (30), no Egito.

No vídeo ele afirma que “anteontem, com tudo o que aconteceu, via que a menina ficou muito mal, né? E ela me disse: ‘acho que o Miguel sentiu alguma coisa, que ele não dormiu a noite toda’. Ele dorme sempre e ficou superagitado, chorando”, lamentou.

https://twitter.com/flaviocostaf/status/1399375385918382083

Na última semana, Sorrentino publicou nas redes sociais um vídeo fazendo “piada” misógina e assediando uma mulher muçulmana.

As imagens foram gravadas durante sua viagem ao Egito. A funcionária de uma loja explicava a ele como são produzidos os papiros, materiais semelhantes ao papel muito utilizados pelos antigos egípcios para escrever. “Elas gostam é do bem duro. Comprido também fica legal, né?”, disse o médico à atendente, aos risos. “O papiro comprido”, completou.

“Si”, respondeu a mulher, em espanhol, sem entender as palavras do médico. “Tá! Maravilha”, disse Sorrentino. Na sequência, ele insistiu na pergunta sexista: “Vocês gostam mesmo é do bem duro, né?”.

O médico e um amigo deram risadas. O vídeo foi publicado por ele em seu perfil que tem quase 1 milhão de seguidores no Instagram. O amigo era Fernando Conrado.

Após críticas, o médico tornou privado seu perfil e postou um novo vídeo, se desculpando. “Eu sou assim. Sou um cara muito brincalhão”, disse.

Segundo o site El-Shai, o Ministério do Interior do Egito anunciou que localizou e prendeu o médico neste domingo.

Tratamento precoce

Sorrentino ganhou notoriedade na pandemia da Covid-19 por defender o “tratamento precoce”, com a utilização de remédios sem eficácia comprovada para a doença.

Bolsonarista, o médico disse, em entrevista ao site Terça Livre, que os “medicamentos são conhecidos” e que “não causam risco nem prejuízo”.